Curiosidade que contraria impressão de muitos sobre o rei do rock foi revelada por sua ex-esposa, Priscilla Presley
Igor Miranda Publicado em 30/10/2023, às 10h00
São variados os relatos de que Elvis Presley, em essência, era um sujeito simples. A origem humilde em Tupelo, modesta cidade no estado americano no Mississippi, moldou sua personalidade mesmo após a consagração obtida na música.
Priscilla Presley, casada com o cantor até 1973, percebeu isso logo de cara. Segundo ela, Elvis era muito respeitoso no tratamento com as pessoas. Quando estava conversando com alguém mais velho, nunca chamava pelo primeiro nome: era sempre “sr.” ou “sr.ª” e o sobrenome, o modo mais formal de se lidar.
Uma situação envolvendo a própria família de Priscilla foi relatada pela própria no livro Elvis e Eu (via CheatSheet). O artista conseguiu convencer o padrasto da adolescente a aprovar o relacionamento com um sujeito tão célebre — e uma década mais velho, já que Priscilla tinha 14 anos — na base da polidez.
“Elvis era o cavalheiro perfeito. Meu pai ficou visivelmente impressionado com ele. A partir daquele momento, Elvis sempre se dirigiu a ele como Capitão Beaulieu ou Senhor.”
A menção como “Capitão” se dava porque Paul Beaulieu, padrasto de Priscilla, era oficial da Força Aérea dos Estados Unidos. Mas segundo a ex-esposa de Elvis, todos aqueles que não estivessem no círculo íntimo imediato do cantor recebiam um tratamento polido e formal.
“Isso era característico de Elvis. Qualquer que fosse a posição de uma pessoa na vida – fosse médico ou advogado, professor ou diretor de cinema –, a menos que estivesse em seu círculo íntimo imediato, Elvis raramente usava os primeiros nomes. Mesmo ao lidar com pessoas que conhecia por anos.”
Inclusive, o cantor tinha uma explicação na ponta da língua quando lhe perguntavam o motivo de tanta formalidade:
“Uma vez ele me explicou: ‘É simples. Eles trabalharam duro para chegar onde estão. Alguém precisa respeitá-los’.”
Um relato de B.B. King, lendário guitarrista de blues, sobre Elvis Presley apenas corrobora o que foi dito por Priscilla Presley. O músico falecido em 2015 afirmou que o “rei do rock”, morto em 1977, era muito mais educado do que a maioria das celebridades da época. No livro King of the Blues, ele é citado dizendo:
“Elvis era diferente. Ele era amigável. Lembro claramente de Elvis porque ele era um cara bonito, quieto e extremamente educado. Falava com aquele forte sotaque sulista e sempre me chamava de ‘senhor’. No início, eu o compreendia estritamente como um cantor country.”
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