Fãs estranharam escalação da artista americana, um dos nomes mais populares do evento, no Sunset, palco que é considerado secundário
Igor Miranda (@igormirandasite)
Publicado em 14/01/2025, às 12h07O público ficou surpreso quando a organização do Rock in Rio 2024 anunciou Mariah Carey como uma das atrações do palco Sunset, considerado paralelo ao principal, o Mundo. Muitos acharam que a americana, na posição de uma das artistas que mais venderam discos na história da música — ultrapassando 220 milhões de cópias —, merecia se apresentar no espaço mais tradicional do evento.
De acordo com Roberto Medina, seria impossível. Em entrevista a Braulio Lorentz para o g1, o empresário e criador do evento revelou que quando surgiu a possibilidade de trazer Mariah, a programação do palco Mundo já estava fechada. Na ocasião, o espaço foi ocupado por Shawn Mendes, Akon (em show bastante criticado), Ne-Yo e Luísa Sonza. Carey compôs o lineup do Sunset com Ney Matogrosso, OlodumBaiana e um tributo a Alcione.
Ele afirmou:
“Quando surgiu a oportunidade de trazer a Mariah, já estávamos comprometidos com outros artistas no Palco Mundo. Então, foi um conjunto de fatores, eu não tinha como escalar a Mariah no Palco Mundo para aquele dia... mas a repercussão do show foi incrível.”
Além disso, Medina relembrou que o palco Sunset recebeu um “upgrade” em relação às outras edições do Rock in Rio. Ele disse:
“Eu entendi as reclamações, porque as pessoas ainda não sabiam que o Sunset teria o mesmo tamanho e estrutura do Palco Mundo. Sempre há reclamações e converso muito com os artistas sobre isso. Sabemos que 25% das reclamações vêm de haters que sempre vão reclamar.”
Para ele, a presença da americana no espaço em questão “carimbou a ideia de que é um palco da mesma dimensão do Mundo”. O empresário completa: “Para mim, o resultado foi muito bacana”.
Ainda durante a entrevista, Roberto Medina abordou a possibilidade de trazer artistas de k-pop para o Rock in Rio. O empresário está aberto à ideia, mas revelou que ainda não foi possível combinar as agendas.
“Não tenho problema algum em ter uma banda de k-pop no Rock in Rio. Não houve coincidência de datas com bandas grandes como Blackpink, mas estamos abertos a essa possibilidade. As datas ainda não casaram e precisamos da intenção da banda vir ao Brasil. Não depende só da vontade do festival. A escolha das atrações não é só minha, ela é baseada em pesquisas e no que o público deseja. Depois, para cada dia, procuramos dividir por faixa etária e por estilo musical, mas nem sempre conseguimos fazer do jeito que gostaríamos.”
Prevista para 2026, a próxima edição do Rock in Rio não tem data para acontecer. Já o The Town, produzido pelos mesmos criadores do festival carioca, será nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Já estão confirmados nomes como Katy Perry, Green Day, Bruce Dickinson, entre outros.
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