Charles Manson não conseguiu garantir carreira musical, mas é coautor de sucesso dos Beach Boys
Redação Publicado em 27/09/2023, às 16h57
O produtor Gary Stromberg relembrou como conheceu Charles Manson, no podcast Stones Touring Party (via People), apresentado por Jordan Runtagh. Stromberg costumava visitar a prisão para ver um amigo, Phil Kaufman, que, coincidentemente, era colega de cela do serial-killer.
Manson, ao deixar a cadeia numa das várias vezes em que foi detido, saiu em busca do sonho de se tornar um músico. Kaufman o apresentou então a Stromberg, que trabalhava na Universal à época. "Eu liguei para Russ Reagan, que liderava a Uni Records — eles tinham acabado de começar a gravadora. Eu disse, 'Tem um cara aqui, acho que deveria ouvi-lo'. Ele disse, 'Claro, traga ele aqui'", lembrou o produtor.
"Então eu fui até o escritório dele. Charlie sentou e começou a tocar. Russ ficou tipo, 'O que é isso?' Envergonhado, ele disse, 'Vou te dar dinheiro para fazer uma demo'. Então gravamos uma demo", adicionou.
Ao total, cinco músicas foram gravadas, incluindo "The Love and Terror", lançada em 1970. Manson também é co-autor de "Never Learn Not to Love", dos Beach Boys. Russ achou todas as músicas gravadas terríveis e pediu para que Stromberg se livrasse daquilo. "Ele [Manson] tentou me contatar para tentar outras gravadoras e eu disse, 'Desculpe, não é comigo. Está fora da minha alçada.' Nós paramos de nos falar de um modo ruim", contou Gary.
Charles também não teve sucesso com Terry Melcher e, em 9 de agosto de 1969, ele e seus seguidores mataram todos os presentes em 10050 Cielo Drive. Melcher vivia nesse endereço quando trabalharam juntos.
O destino de Stromberg seria semelhante. "Quando toda essa merda sobre Sharon Tate veio à tona, ele foi preso. Então o FBI veio até mim e disse que, quando prenderam Charlie, encontraram uma lista de pessoas que ele pretendia assassinar — e eu estava na lista", afirmou o produtor.
Ele confessou que "estava assustado" e, por isso, foi à Europa, "temendo pela própria vida". "Eu sabia que tinha outras pessoas nas ruas. Elas ainda faziam parte do movimento de Manson. Eu conheci Charlie ao longo de alguns meses, então eu sabia um pouco sobre ele, e também sabia que a prisão dele não removia a ameaça. Fiquei me mudando pela Europa até me sentir seguro para voltar", explicou.
Charles Manson e seus seguidores foram responsáveis por sete assassinatos. Ele morreu de causas naturais aos 83 anos, quando ainda estava na prisão.
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