Nadya Tolokonnikova, do grupo Pussy Riot, condenou atitudes do presidente russo durante conflito na Ucrânia
Dimitrius Vlahos Publicado em 22/08/2022, às 12h39
Nadya Tolokonnikova, vocalista do grupo Pussy Riot, abriu o jogo sobre guerra na Ucrânia em entrevista à Folha de S.Paulo. Para ela, cenário atual complica críticas ao governo Russo, como as liberdades são cada vez mais restritas.
"Perdemos nossas liberdades. Tudo está muito pior. Hoje, a liberdade de expressão basicamente não existe na Rússia," afirmou sobre o conflito com o país vizinho. Isso levou as artistas a tomarem mais precauções quanto ao próprio paradeiro e outras informações cruciais para evitar nova prisão pelo regime russo.
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Maria V. Alyokhina e Lucy Shtein, também do Pussy Riot, fugiram do país este ano. Alyokhina deixou Moscou, capital russa, para Lituânia sem o celular para não ser rastreada, de acordo com New York Times. "Fiquei feliz por ter conseguido, porque foi uma despedida imprevisível e grande para as autoridades russas," disse Alyokhina. "Ainda não entendo completamente o que fiz."
Segundo Nadya, "coisas pequenas, como publicações no Instagram e Twitter" podem levar pessoas à prisão: "Se você falar algo sobre a Guerra da Ucrânia, corre o risco de ficar preso por até 15 anos. Você nem pode chamar o que está acontecendo de guerra, porque, de acordo com um decreto [do governo], isso é uma 'operação militar especial.'"
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"Eu me sinto envergonhada das ações do meu Vladimir Putin. Gostaria de dizer 'presidente,' mas ele não é um presidente. É o ditador mais perigoso do planeta neste momento. Talvez as pessoas não saibam como o barrar, e isso também exigiria uma movimentação em escala global," continuou a cantora.
Ao ser perguntada sobre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, Nadya não poupou críticas: "Ele é antifeminista, anti-LGBTQIA+, autoritário e perigoso para o planeta." As informações, segundo ela, partem de conversas que teve com indígenas em viagem à Amazônia.
Pussy Riot lançou o disco Matriarchy Now no começo de agosto. Confira:
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