- Mike Kerr e Ben Thatcher formam Royal Blood (Foto: Tom Beard)
Entrevista

Royal Blood volta ao Brasil com álbum que 'fez da música em si a prioridade'

Formado por Mike Kerr e Ben Thatcher, duo de rock fará show solo no Brasil pela primeira vez após passagens no Rock in Rio e Lollapalooza

Felipe Grutter (@felipegrutter) Publicado em 13/04/2024, às 08h00

Com 10 anos de carreira, o duo Royal Blood, formado por Mike Kerr e Ben Thatcher, prepara-se para realizar algo inédito na carreira: fazer shows solo no Brasil. As apresentações estão marcadas para este sábado, 13, na Audio, em São Paulo, e no dia 16 de abril, no Circo Voador, Rio de Janeiro.

Vale lembrar como esta não é a primeira vinda do grupo no Brasil. Em 2018, eles fizeram parte do line-up do Lollapalooza Brasil, no qual fizeram show no primeiro dia do festival, que acontece anualmente no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e no Rock in Rio 2015.

+++LEIA MAIS: Foo Fighters, Royal Blood e mais fazem cover emocionante de ‘Times Like These’; assista

Em 2024, Royal Blood chega com o quarto e inédito disco de estúdio na bagagem. Intitulado Back To The Water Below, o álbum foi lançado no dia 1º de setembro de 2023, e conta com uma sonoridade diferente em relação aos outros trabalhos da banda, conhecida por carregar influências do garage rock e blues rock.

Além disso, o álbum veio após um momento bastante conturbado durante a pandemia de coronavírus, quando a dupla lançou Typhoons (2021). Durante entrevista à Rolling Stone Brasil, Mike Kerr comentou como o ao vivo é o elemento mais importante para a banda, algo perdido na crise sanitária. Porém, o processo criativo de Back To The Water Below foi mais tranquilo.

+++LEIA MAIS: Royal Blood: Após mostrar dedo do meio ao público, vocalista diz: 'Eu gostei de tocar'

"Nunca pareceu que teríamos apenas um tipo normal de liberação. E indo direto para a estrada, foi tudo muito... sentimo-nos muito contidos. Então este foi ótimo," afirmou. "Poder estar com nossos fãs no dia no qual o disco foi lançado, e colocar essas músicas novas direto no set, tem sido ótimo.

É aí que realmente conseguimos avaliar tudo. O objetivo de estar em uma banda para nós é tocar ao vivo.

O próprio comportamento do Royal Blood em estúdio não é, necessariamente, buscar uma mensagem/narrativa complexa com os discos de estúdio, mas o processo é muito mais sentimental, para cada ouvinte interpretar as letras da própria maneira.

+++LEIA MAIS: Raimundos: as 10 músicas mais ouvidas da banda atualmente

"Alguém pode interpretar o significado da música de forma completamente diferente para outra pessoa," continuou o cantor. "Pode ter outra pessoa que nem ouça a letra, [porque] ela apenas gosta dos riffs, ou simplesmente adora a bateria. E tudo bem também. Acho que todos nós ouvimos música à nossa maneira."

Novos horizontes com Back To The Water Below

Com músicas como "Pull Me Through," "Shinner In The Dark," "Mountains At Midnight" e "High Waters," Back To The Water Below surgiu de uma maneira diferente, bastante conduzido quando a dupla estava no piano e "por uma música," segundo Kerr.

+++LEIA MAIS: Cantor e compositor CAIO lança álbum no Circo Voador nesta sexta, 12

"Por conta disso, tornou o tipo de riffs e o que tocávamos [em algo] secundário, e fez da música em si a prioridade," disse o frontman. "Isso nos levou por um caminho que nunca percorremos antes. Antes, para o bem ou para o mal, a música ficava em segundo lugar.

Era tudo sobre os riffs e o que tocávamos. Para nós, foi interessante mudar isso.

Royal Blood no Brasil após seis anos

Os ânimos do Royal Blood para fazer shows no Brasil não poderiam estar melhor. O cantor da banda descreveu esse momento como "especial," principalmente quando eles percebem que estrearão, com apresentação solo, em um país diferente.

+++LEIA MAIS: 11 curiosidades sobre a banda Nirvana que todo fã precisa saber

"Vai ser elétrico, cara! Os shows desta turnê foram simplesmente uma loucura, provavelmente uma das mais loucas que já fizemos," adiantou. "Há uma década de tensão e uma década de expectativa. De ambos os lados. Queremos conhecer nossos fãs e dar o nosso melhor. Então, sim, é incrível."

Há uma intimidade, na verdade. E podemos tocar por mais tempo. Tenho ótimas experiências em festivais e em nossos próprios shows. Parece ser uma comparação contínua, mas é difícil de responder porque cada dia é diferente. Por isso é uma coisa divertida de fazer.
banda entrevista show brasil royal blood ben thatcher mike kerr

Leia também

Como o Slipknot foi alvo de ódio de outras bandas em sua 1ª grande turnê


SZA promete mais músicas novas logo após lançar o álbum deluxe "Lana"


Beyoncé, Kendrick Lamar e mais: Confira as músicas favoritas de Barack Obama em 2024


Teimosia: MK e Edgar buscam resgatar a essência do rap clássico em EP


Toninho Geraes se emociona durante audiência sobre plágio contra Adele; gravadora encerra reunião sem proposta de acordo


Novo clipe do Viper homenageia Pit Passarell com cenas de seu penúltimo show