Um dos nomes mais talentosos da edição de 2024 do Rock in Rio, Christone 'Kingfish' Ingram também realizou show no Teatro Bradesco, em SP, neste ano
Felipe Grutter (@felipegrutter) Publicado em 14/09/2024, às 11h01
Um dos cantores e guitarristas mais talentosos que vão se apresentar no Rock in Rio 2024, Christone "Kingfish" Ingram está com uma agenda para o Brasil neste ano. Após show solo no Teatro Bradesco na última quinta, 12, em São Paulo, o artista de 25 anos sobe ao Palco Sunset, neste sábado, 14, às 17h50 (horário de Brasília).
Durante entrevista à Rolling Stone Brasil, Kingfish comentou como tinha muitas expectativas das "energias estarem altas" no país, além de prometer, no melhor estilo retrô, trazer muito blues, funk, rock e soul para o público brasileiro. Na conversa, ele ainda comentou como já teve contato com a música de artistas brasileiros, mas não conhece o suficiente para saber os nomes.
Em toda edição, o festival brasileiro traz grandes nomes do rock, enquanto nomes do blues não possuem o mesmo destaque. Para Christone, os dois gêneros musicais se complementam bastante, especialmente nos elementos narrativos, de contar histórias.
Se não fosse pelo blues, não haveria rock. Então você pode ouvir a base do blues no rock pela narrativa, pelo uso de solos pentatônicos no blues. Slash ainda mostra essa correlação nisso.
Além disso, o cantor explicou como representar o blues no evento "significa muito para mim," porque o "blues é meio evitado pelo mainstream, pela mídia e pelo público. Qualquer chance de aparecermos é uma vantagem para nós. Mostrou que o blues continua vivo e bem."
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"Por um lado, blues é vida, e todos nós passamos por alguma coisa, é muito identificável. É um gênero musical muito universal," continuou. "Todos nós temos problemas e dificuldades. Todos ficamos felizes e todos ficamos tristes. Então eu sinto que é por isso que todo mundo ama o blues em todo o mundo, porque é tão universal e identificável."
Para Christone Ingram, o primeiro disco de estúdio dele, intitulado Kingfish, foi o pontapé inicial no mundo da música, no qual as pessoas puderam ser apresentadas a ele, além de aprender "o que estava na minha cabeça em termos de composição e o que eu tinha a dizer ao mundo."
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Já o segundo álbum, intitulado 662, mostrou a elevação do artista nos dois anos entre os trabalhos: "Quero mostrar que crianças pequenas, especialmente crianças afro-americanas, não ouvem apenas [músicas do mainstream]. Gostamos muito de música de estilo retrô. Para manter esse interesse jovem, gosto de incluir uma certa quantidade de elementos, como rock e R&B."
Ao longo da curta e bem-sucedida carreira, Kingfish pôde interagir com grandes artistas, como abrir show dos Rolling Stones. Porém, o grande mentor dele é ninguém mais ninguém menos que Buddy Guy, guitarrista, cantor e lenda do blues e rock.
"Todos nós precisamos de um mentor para nos colocar sob essa proteção, guiar-nos e dizer o que fazer no caminho certo. O senhor Guy fez isso. Ele está cuidando de mim," celebrou. "Viu minha carreira, trouxe-me para a estrada com ele. Ele me ajudou no meu primeiro disco. Ele me deu conselhos direta e também indiretamente. Diretamente, estive no estúdio com ele e ele me contou histórias... vê-lo no palco com uma multidão nas mãos. Sim, cara, ele é ótimo."
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