- Slash feat Myles Kennedy & The Conspirators (por Ross Halfin)
Crítica

Slash continua o mesmo, mas show em São Paulo não empolga

Nem mesmo acenos nostálgicos ou os solos inconfundíveis do guitarrista bastaram para tornar memorável a apresentação do Slash feat Myles Kennedy & The Conspirators em São Paulo

Felipe Fiuza, especialmente para a Rolling Stone Brasil Publicado em 01/02/2024, às 18h01

Nem a chuva fria da tarde desta quarta-feira (31) espantou os fãs do lendário guitarrista Slash, que se apresentou com sua banda Slash feat Myles Kennedy & The Conspirators no Espaço Unimed, em São Paulo. A morna banda de abertura, Velvet Chains, fundada em Las Vegas, Nevada, conta com um brasileiro na guitarra, o mineiro Larry Cassiano, e, apesar do louvável esforço do vocalista, Lo Viper, em mandar algumas frases em português, o grupo só empolgou a turba quando lançou mão de sua versão de “Suspicious Minds”, de Elvis Presley. A banda subiu ao palco às 19h55 e por lá ficou até às 20h25, quando as luzes se acenderam para a preparação da atração principal.

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Os primeiros riffs da banda de Slash soaram às 21h em ponto na capital paulista, mesma hora em que o mar de celulares subiu para gravar a inconfundível cartola sob o cabelão do eterno guitarrista do Guns N’ Roses. A banda focou em seu último álbum, 4, de 2022, mas passeou por músicas do álbum solo, além dos covers “Don’t Damn Me”, do Guns, do disco Use Your Illusion I (1991); “Always on The Run”, de Lenny Kravitz, do disco Mama Said (1991) e “Speed Parade”, do próprio Slash’s Snakepit, do disco Ain't Life Grand (2000).

 

O público, como o esperado, era formado em sua grande maioria por pessoas acima dos 40, vidradas no reflexo dos óculos escuros e nas mãos rápidas de Slash, enquanto fazia pose com sua Gibson Les Paul em solos venenosos, e por falar em solos, a música “Wicked Stone”, do disco World On Fire (2014), foi brindada com um solo interminável do guitarrista.

 

Os ponteiros do relógio já batiam no 11 quando a banda voltou para o bis com um cover brilhante de “Rocket Man”, de Elton John e talvez sua música mais famosa (pelo menos a mais ouvida) “Anastasia”, do disco Apocalyptic Love (2012). Pode-se dizer que Slash continua o mesmo, sua guitarra é reconhecida logo no primeiro acorde e Myles Kennedy nos vocais eleva a banda a um hard rock de primeira categoria, mas não empolgam, além de deixar os fãs com um gostinho amargo na boca de não gritar o refrão de “Paradise City” ou “Sweet Child O’ Mine”.

crítica hard rock Slash Myles Kennedy the conspirators

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