A cantora Tulipa Ruiz conversou com a Rolling Stone Brasil durante o Festival Sangue Novo e falou sobre sua última indicação ao Grammy
Surenã Dias, especial para a Rolling Stone Brasil Publicado em 24/10/2023, às 16h37
Tulipa Ruiz tem um motivo a mais para celebrar sua indicação ao Grammy Latino: seu álbum Habilidades Extraordinárias, pelo qual foi nomeada, é um trabalho totalmente independente. Em entrevista à Rolling Stone Brasil, a artista, que foi destaque no primeiro dia do Festival Sangue Novo, em Salvador, na Bahia, disse que estar novamente em uma premiação conhecida mundialmente dá um impulso a mais para continuar sua jornada artística.
"O Grammy é uma chancela, é um prêmio universalmente conhecido, ele legitima e fortalece o meu trabalho, sobretudo como compositora", disse a paulistana, que aproveitou para detalhar o quanto sente orgulho do sucesso do seu álbum mais recente.
+++LEIA MAIS: GRAMMY Latino 2023 anuncia artistas que se apresentarão na premiação
"Habilidades Extraordinárias é um disco que gravei no meu estúdio com o Gustavo Ruiz, meu irmão e produtor do disco. É um disco que não teve nenhum patrocínio, não teve gravadora, então é um disco que a gente fez muito na raça, muito independente. É um disco que não teve nenhum impulsionamento, então esse disco chegou nas pessoas de uma maneira muito orgânica. Não pagamos algoritmos."
Produzido durante a pandemia, Habilidades Extraordinárias ganhou este nome por conta de uma experiência que Tulipa enfrentou enquanto tentava um visto para uma turnê nos Estados Unidos, em 2019. "Na entrevista para tirar o visto me perguntaram se eu tinha alguma 'habilidade extraordinária' e eu respondi que não, porque na minha cabeça habilidade extraordinária é voar", disse ela, que só depois veio entender que se tratava de um feito profissional ou reconhecimento internacional, como ganhar um Grammy.
Nos últimos anos a parceria entre Tulipa Ruiz e Gustavo Ruiz passou a ficar ainda mais forte com a chegada do estúdio Brocal, responsável pela gravações de projetos para nomes como Linn da Quebrada e Liniker, além da própria Tulipa. Para a artista, trabalhar com seu irmão é muito fácil.
"O Gustavo é produtor de todos os meus discos e o Habilidade Extraordinárias é o primeiro disco que a gente grava no nosso estúdio, A Brocal. A gente trabalha muito junto por conta disso, porque a gente tem uma parceria muito fluida, então tem sido muito legal", afirma ela, que completa: "É muito prático porque a gente curte juntos, temos amigos parecidos. A gente tem um repertório muito parecido de vida, então as coisas fluem muito fáceis".
+++ LEIA MAIS: A opinião de Pitty sobre letras de músicas atuais, sobretudo do funk
Depois de apresentar um show elétrico e repleto de hits para uma plateia de fãs baianos insaciáveis no Festival Sangue Novo, Tulipa Ruiz não tem dúvidas que tem uma ligação especial com a capital baiana. "Desde a primeira vez que eu vim tocar aqui em Salvador, com o Efêmera, já foi uma coisa diferente", relembra.
"Não é que as pessoas apenas sabiam cantar as músicas dos disco, elas tinham incorporado as músicas do disco e amalgamado com as suas próprias vivências, com seus próprios repertórios. Cada um tinha uma relação com as músicas dos discos."
A cantora confessa que chegou a fazer uma promessa para ela mesma envolvendo os fãs baianos, mas não tem conseguido cumprir. "Se dependesse só de mim, todas as minhas estreias seriam aqui. Porque aqui é diferente, tem um negócio realmente é astralizador que é muito nutritivo para nossa música", finaliza.
Ouça Habilidades Extraordinárias abaixo:
Linkin Park: Popularidade da banda no Brasil aumenta após shows e "From Zero"
David Gilmour tenta vender mansão e descobre que imóvel é do Rei Charles
O Teatro Mágico anuncia ingressos da turnê "O Reencontro"; saiba mais
Cher revela que Tina Turner pediu conselho para abandonar marido abusivo
Lollapalooza Brasil anuncia novas atrações; confira line-up
Jason Bonham é dispensado da banda de Sammy Hagar: “chocado”