O artista lançou o primeiro álbum da carreira neste ano, além de um curta-metragem que trabalha o aspecto audiovisual de três das faixas
Pedro Figueiredo (@fedropigueiredo) Publicado em 15/07/2024, às 17h05
Oproprio (2024) é o primeiro disco de Yago Oproprio. O rapper paulista, criado na Cohab II, Zona Leste de São Paulo, uniu-se ao produtor Patricio Sid para colocar as vivências e experiências que o atravessam em um disco de 10 faixas.
Conhecido pelos singles lançados desde 2019 — destaque para "Imprevisto," de 2022, feito em parceria com Rô Rosa e Skeeter Beats — Yago vem ganhando espaço e chegou, inclusive, a participar do disco que celebra 50 anos de Sabotage, na faixa "Maloca É Maré."
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Em conversa com a Rolling Stone Brasil, o artista explica que sempre lançou singles até o lançamento do EP Inquilino (2023). "Sempre coloquei para mim que, quando eu fosse lançar um projeto mais complexo, eu precisava ter uma galera me escutando, e assim foi."
Lancei o EP e foi muito boa a reverberação. Fiquei muito feliz com o trabalho. Foi um trabalho do que viria, que seria o álbum.
Os fãs de Yago já pediam um álbum há algum tempo, mas ele entende como a obra nasceu no momento certo. Outra demanda dos admiradores eram músicas só dele - o rapper é conhecido pelas colaborações com outros artistas.
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Contar a história de Oproprio sozinho éfoi importante para ele se "apresentar ao mundo enquanto artista." Os singles podem fragmentar a identidade artística e um álbum permite um mergulho mais profundo.
"Eu estou falando de mim, então não adianta colocar outra pessoa para falar de mim," diz o rapper. Ele, no entanto, não se vê como referência para o próprio trabalho. "Eu só sou. Eu pego as experiências que meus olhos veem e trago a poesia, a melodia para sintetizar."
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A inspiração para as letras se une a um ritmo. Pode ser um beat, ou a cadência de um violão. O compositor conta que "precisa geralmente de um terreno." No disco de estreia, ele trouxe o boombap como gênero que amarra as canções, unindo-se a outros gêneros e referências.
A ideia veio do gosto dele e de Patrício pelo ritmo. "Tem uma parada também de tentar fazer isso e furar a bolha, contribuir com o movimento, com uma nova safra de música, com menos autotune e mais voz, mais sentimento."
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Yago, porém, não se prende a gêneros musicais e conta que logo após finalizar o álbum compôs um samba. "Eu faço música. Esse álbum é um boombap, tem um R&B ali no meio, afrobeat e alguma coisa de funk, mas em grande maioria o boombap."
As referências do artista vêm de todos os lugares, mas de maneira geral de canções mais antigas. E, apesar da paixão pela música, não se considera um estudioso no assunto. A relação dele com a arte é muito mais afetiva.
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A cereja do bolo de Oproprio é o trabalho audiovisual que ilustra três faixas no formato de um curta-metragem. Ele conta que a ideia é levar o projeto para prêmios e fazer com que o trabalho chegue mais longe. Com direção de Ênio Cesar, Larissa Zaidan e Luis Carone, o filme trabalha as faixas "La Noche", "Inofensiva" e "Jejum". A experiência foi satisfatória para o artista, que afirmou que quer repetir o tipo de trabalho e brinca: "A barra está alta."
Se o visual é importante, não podemos esquecer a assinatura estética do disco, que trabalha cores fortes, uma nova logo e um retrato de Yago feito por Rodrigo Branco. O diretor criativo Fernando Marar foi o responsável por sugerir o nome. Inicialmente, o rapper queria fazer uma alusão ao EP e batizar o disco de "Proprietário".
Proprietário tinha uma parada de ascenção social, como se fosse melhor que inquilino, aí o Fernando falou: 'Não é Proprietário, é Oproprio,' dentro disso ele já meteu a logo e trouxe toda essa identidade para o projeto.
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Data: Sábado, 20 de Julho de 2024 - Abertura: 22:00
Local: Audio Eventos
Endereço: Av. Francisco Matarazzo, 694 - Barra Funda - São Paulo - SP
Ingressos Esgotados
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