Nesta quinta, 20, o icônico vocalista completaria 53 anos de idade
Redação
Publicado em 20/02/2020, às 12h52As letras viscerais do falecido Kurt Cobain eram uma das principais razões pelas quais o público se apaixonava (e ainda se apaixona) pelo Nirvana - bem como a musicalidade, a intensidade e a atitude.
Para comemorar o que seria o 53º aniversário do icônico vocalista, nesta quinta, 20 de fevereiro, a revista Far Out listou as 10 melhores frases presentes em seu repertório. Veja abaixo:
A música mais proeminente do Nirvana é, também, um exemplo do lirismo de Kurt Cobain. Mas há um motivo pelo qual milhões de pessoas se viram adorando aos pés da banda.
Uma geração de crianças e adolescentes sentou-se em casa, entediada, irritada e incapaz de mudar o mundo. Até que Kurt e o Nirvana lhes deram não uma resposta ou um escapismo da sociedade em que se encontravam, mas uma conexão, um entendimento da situação e um ombro amigo.
"Com as luzes apagadas é menos perigoso /
Estamos aqui agora, nos divirta /
Eu me sinto estúpido e contagioso /
Estamos aqui agora, nos divirta (...)"
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Kurt Cobain se sentia mais confortável ao expressar os próprios sentimentos. No entanto, na faixa "Lithium", o cantor retrata um homem que se voltava para a religião após a morte da parceira como uma tentativa de não cometer suicídio. Naturalmente, Cobain colore a música com um senso profundo de conexão e pessoalidade.
"Manhã de domingo é todo dia /
Pra tudo o que eu me importo, e não estou assustado /
Acendo minhas velas aturdido (...)"
Eu gosto disso, eu não vou pirar /
Eu sinto sua falta, eu não vou pirar /
Eu amo você, eu não vou pirar /
Eu matei você, eu não vou pirar."
Uma das frases mais íntimas de Kurt Cobain estão em "Heart Shaped Box", de 1993. Além do brilhante refrão "Ei, espere, eu tenho uma nova queixa", a faixa é composta por várias imagens vívidas.
"Ela me olha como um pisciano quando estou fraco /
Eu estive trancado dentro da sua caixa em forma de coração por semanas /
Eu fui atraído para o abismo da sua armadilha de fumaça /
Eu queria poder comer seu câncer quando você piora (...)"
No início dos anos 1990, Kurt Cobain já estava ficando mais consciente da situação que ele havia criado para si mesmo. Com Nevermind aumentando o status da banda, o cantor, aqui, reflete sobre a ideia de vender.
"A angústia adolescente pagou muito bem /
Agora estou entediado e velho (...)"
Em outro momento do disco final do Nirvana, In Utero, Kurt Cobain aparentemente se desculpa com Courtney Love e sua filha, Frances Bean Cobain, pela incapacidade de viver uma vida normal. Em 1993, o cantor disse ao jornalista Michael Azerrad que o sentimento "pacífico, feliz e de conforto" presente em "All Apologies" era dedicado a elas.
"Que mais eu poderia dizer? /
Todo mundo é gay /
O que mais eu poderia escrever? /
Eu não tenho o direito /
O que mais eu deveria ser? /
Todas as desculpas (...)"
Em letras muito reveladoras, Kurt Cobain contempla a ideia de que a felicidade e a estupidez andam de mãos dadas - quase como um prenúncio doloroso para a morte prematura do cantor.
"O dia acabou /
Mas estou me divertindo /
Acho que sou burro /
Talvez apenas feliz (...)"
"In Bloom" foi composta por Krist Novoselic e Kurt Cobain quando eles observaram a tendência crescente da música underground e a brilhante ironia é que milhões de pessoas, de fato, cantaram junto.
"Ele é aquele que gosta /
De todas as músicas bonitas, e ele /
Gosta de cantar junto, e ele /
Gosta de atirar com sua arma, mas ele /
Não sabe o que significa (...)"
Outra faixa de Nevermind, "Drain You" reflete sobre a natureza destrutiva do amor e dos relacionamentos que o sustenta. Naturalmente, cada um faz isso à sua maneira.
"Eu não ligo para o que você pensa, a menos que seja sobre mim /
E agora a minha missão é drená-lo completamente /
Eu viajo através de um tubo /
E acabo na sua infecção (...)"
"Something in the Way" atua como um dos momentos mais sombrios da psique do Nirvana. Acompanhadas por um violino, as primeiras frases da música retratam uma fase difícil na vida de Kurt Cobain enquanto ele descreve como serie morar debaixo de uma ponto.
"Debaixo da ponte /
Apareceu um rasgo na lona /
E os animais que capturei /
Todos se tornaram meus bichos de estimação /
E eu dei a eles grama o bastante /
E o teto está gotejando /
Tudo bem em comer peixe /
Pois eles não têm sentimentos (...)"
Relacionamentos disfuncionais são temas confortáveis para Kurt Cobain, mas, nesta faixa do álbum de estreia do Nirvana, Bleach, ele insere uma dose pesada de melancolia pré-fama.
"Vou aproveitar enquanto /
Você me pendura para secar /
Mas eu não posso vê-la todas as noites /
Grátis, eu preciso (...)"
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