Com mais de 50 animações no catálago, era de se esperar que algumas passassem despercebidas
Yolanda Reis Publicado em 26/09/2019, às 08h58
Uma das maiores especialidades da Disney são as suas animações. Desde a primeira delas - A Branca de Neve e os Sete Anões, lançada há 82 anos - até a mais recente - Toy Story 4, de junho de 2019 - a empresa encantou gerações com desenhos impecáveis e mágicos.
Porém, entre todos os sucessos, a Disney entregou diversas obras-primas que foram esquecidas pelas grandes mídias e pelo público e que são inegavelmente maravilhosas.
Pensando nisso, fizemos uma lista de 11 animações da Disney - algumas feitas há mais de 50 anos, outras bem mais novas - que são subestimadas pelo público.
O longa lançado no natal de 1963 foi a 18ª animação da Disney - e a última da vida de Walt Disney, o fundador do estúdio. Contava a história clássica de Rei Arthur e sua espada Excalibur, fincada em uma pedra. Na trama, quem conseguisse tirar a arma de lá seria o rei da Bretanha, destinado a trazer a paz e unificar a nação, então formada por vários reinos menores.
A história original de Rei Arthur é bem tradicional e católica - mas a releitura da Disney é divertida e bem-humorada. Apresenta personagens simpáticos, como o desastrado e excêntrico Merlim, e a bruxa malvada (mas bem simpática) Morgana, além do protagonista, o menino Arthur.
Aristogatas é uma das animações da Disney que quase, quase, entra para o ramo dos clássicos - mas, na verdade, muita gente nunca assistiu. Também tem relação com a morte de Walt Disney - foi o último projeto aprovado por ele antes de morrer. Fazia parte de seu novo plano de investir em filmes com animais, dado ao sucesso de 101 Dálmatas. Depois, produções com bichinhos viraram uma “marca registrada” da Disney.
A história, mais conhecida como “o filme da gatinha Marie,” mostra uma família de gatos aristocratas (gostou da piada com o título?) sequestrada pelo mordomo da dona após herdarem a fortuna dela. Fazem de tudo para voltar para casa - e encontram ajuda num bando de animais de rua. Músicas singelas e memoráveis e personagens cativantes dão a Aristogatas o potencial de um clássico Disney.
Os ratinhos Bernardo e Bianca são agentes especiais de uma organização de detetives especializada em resolver sequestros no mundo inteiro. Peculiar, não? Originalmente, o filme foi rejeitado por Walt Disney, mas revivido depois da morte dele.
Na sua época, a animação foi um sucesso e ganhou uma sequência em 1990 (Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus) - sendo, assim, a primeira animação da Disney a ter mais de um filme. O longa de 1990 foi o primeiro filme totalmente digital da história.
Este foi um altíssimo investimento para a Disney - custou, à época, US$ 12 milhões, e bateu o recorde de animação mais cara. Conta a história da amizade improvável entre um cãozinho de caça e uma raposa. É uma trama emocionante e cativante - e a história por trás também: o produtor do filme, Wolfgang Reitherman, só apostou nele pois seu filho tinha uma raposa de estimação.
E se o renomado detetive inglês Sherlock Holmes fosse um ratinho? Bom, se dependesse da Disney, chamaria-se Basil (homenagem ao ator que viveu Holmes nos cinemas) e ainda viveria na Baker Street. Uma reinvenção divertida de uma história investigativa adorada por milhares. O visual encantador da Era Vitoriana e as falas inteligentes não recebem o crédito que merecem.
K-U-Z-C-O, Kuzco, vai lá! O filme mostra o imperador inca prepotente e mimado que quer destruir uma vila para criar um palácio de verão. Mas há a tentativa de golpe de estado por Yzma, que dá veneno para o monarca. Mas isso não dá certo, porque seu assistente Kronk troca os frascos - e Kuzco vira uma lhama!
A trama do filme é divertida e a animação digital é impressionante - mas o ponto alto de A Nova Onda do Imperador são as falas hilárias - boas para crianças, incríveis para adultos.
Este filme é um dos mais inusitados da Disney. Para começar, não tem música alguma, algo diferente do que o estúdio investia à época. Depois, é uma ficção científica das melhores - mostra um antropólogo tentando encontrar a lendária Atlantis com base nas instruções de um livro misterioso. O visual também é estonteante: com imagens computadorizadas, explora um visual sombrio puxado, por vezes, para o steampunk e o futurismo; sua identidade visual também é contrária a todos os outros filmes do estúdio, e baseia-se na obra de Mike Mignola, criador do Hellboy. Então, por que mesmo ninguém presta atenção nesse filme?
Irmão Urso tinha tudo para ser "O" filme da Disney de 2003 - mas boa parte da atenção do estúdio voltou-se para Procurando Nemo, sucesso em animação 3D lançado seis meses antes. Os dois ainda têm uma temática parecida - nada de romances e, sim, um amor familiar.
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Na história emocionante, o nativo americano Kenai vê seu irmão ser morto por um urso e mata o animal por vingança. Mas os espíritos ancestrais resolvem dar uma lição a ele e o transformam em um urso. Para reverter o feitiço, Kenai precisa ir até as montanhas da Aurora Boreal. No caminho, conhece Koda, um ursinho criança bem irritante que não tem nem mãe nem pai - mas ensina ao protagonista o significado do amor de irmão. Graficamente lindo, Irmão Urso é uma história incrível abafada.
Chicken Little é um galinho mirrado e medroso - sua reputação nunca foi das melhores, e tudo piorou quando uma fruta caiu na cabeça dele, mas ele achou que era um pedaço do céu. No ano seguinte, porém, uma placa “de céu” cai de fato em Chicken Little - mas ninguém acredita, e só riem dele. O “pedaço do céu,” descobre o galinho, na verdade era um pedaço da camuflagem de uma nave espacial - e o planeta Terra estava à beira de um ataque alienígena!
O Galinho Chicken Little é um sci-fi de comédia dos bons - e talvez por isso não agrade tanto ao público infantil. Mas a animação impecável (e também a trilha sonora que tem Queen, Diana Ross e R.E.M.) pode chamar a atenção dos mais velhos.
Ao lado de O Estranho Mundo de Jack e os live-action de Alice no País das Maravilhas, Frankenweenie é uma das contribuições sombrias de Tim Burton ao mundo mágico da Disney. Produzido como um curta em 1984 e um longa em 2012, mostra como o menino Victor tenta reviver o seu cachorrinho Sparky depois de um atropelamento - uma paródia do clássico literário Frankestein.
O filme segue a escola sinistra de Burton e, além da trama, tem um visual bem sombrio - é todo em preto e branco. É, também, um dos poucos filmes da Disney a usar stop-motion (os “filmes de massinha de modelar”) e um dos poucos do diretor a não ter nem Johnny Depp nem Helena Bonham Carter no elenco.
Esse talvez seja o filme de heróis da Marvel mais esquecido nos rankings - e a primeira animação da Disney a mostrar personagens da editora. Mostra a história do jovem gênio da robótica Hiro Hamada. Ele inventou nanobôs, que são robôs pequenos e inteligentes, mas duas tragédias vêm disso: a primeira, a morte de seu irmão Tadashi, também um inventor, em um incêndio criminoso, causado para acobertar o roubo dos nanobôs de Hiro. A segunda tragédia é uma perseguição mortal a Hiro por pessoas que querem roubar o seu projeto.
Nesse meio tempo, Hiro aciona Baymax, a última invenção de seu irmão: ele é um robô enfermeiro, que tenta curar a depressão de Hiro. Mas o menino quer usá-lo para vingança e defesa, e ensina golpes de artes marciais para ele. Logo, junta-se a outros “super-heróis,” que na verdade são os outros nerds cheios de aparatos criativos que estudavam com Tadashi.
Assim como boa parte dos filmes da Marvel, Operação Big Hero é uma história de aventura - mas que passa longe de ser vista como filme de super-herói.
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