Polêmica se estendeu por mais de um ano
Redação Publicado em 20/11/2020, às 10h35
Pouco mais de 17 anos atrás, no dia 18 de novembro de 2003, Michael Jackson passaria por um dos momentos mais conturbados da carreira, porque ele começaria a enfrentar acusações de abuso infantil no tribunal. Na época, a BBC News Online mostrou a evolução do caso a cada atualização.
Na manhã daquele dia, a polícia foi ao rancho Neverland com um mandado de busca - essa foi o primeiro indício público de que o cantor era investigado. O advogado do Rei do Pop falou sobre a investigação existir há dois meses. Também surgiram acusações de abuso sexual de um menino de 12 anos.
Michael Jackson negou as acusações. Vale lembrar que nesse mesmo dia, a coletânea Number Ones, a qual reúne os maiores sucessos do astro, foi lançada nos Estados Unidos.
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No dia seguinte, a polícia emitiu um mandado de prisão contra Jackson, que gravava um vídeo em Las Vegas. Ele negociou com as autoridades para poder combinar hora e um lugar para se entregar. Já no dia 20 de novembro ele voou para Santa Bárbara para ser preso e "autuado" pela polícia. O Rei do Pop foi visto algemado, além de ter entregue o passaporte, tirado foto e impressões digitais antes de ser libertado sob fiança de US$ 3 milhões.
Alguns dias depois, Number Ones conseguiu ir direto à primeira posição das paradas do Reino Unido, mas não teve tanto sucesso nos Estados Unidos.
De acordo com a BBC, Michael Jackson começou a se defender das acusações quando ele lançou um site para se defender. O artista disse que as acusações foram baseadas em "uma grande mentira" e ele queria acabar com "este tempo horrível" provando que ele era inocente.
Exatamente um mês depois da chegada da polícia ao rancho Neverland, Jackson foi formalmente acusado de sete acusações de abuso sexual infantil e duas acusações de ter dado bebida alcoólica a um menor com intenção de cometer um crime.
O abuso teria acontecido entre os dias 7 de fevereiro e 10 de março de 2003 e a suposta vítima foi identificada apenas como "John Doe". O cantor permaneceu em liberdade sob fiança e o advogado disse que o artista era "inequívoca e absolutamente inocente" e ainda lutaria contra as acusações "com cada fibra da alma dele".
As autoridades também permitiram que Michael Jackson recebesse o passaporte entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, para poder cumprir compromissos pré-acordados no Reino Unido.
No Natal de 2003, o artista gravou a primeira entrevista desde que as alegações tomaram conhecimento público. Em conversa com a CBS, ele falou sobre "cortar meus pulsos" antes de machucar uma criança. Jackson ainda acusou a polícia de ser agressiva com ele, porque teria sofrido uma luxação no ombro.
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Próximo do fim do ano, no dia 30 de dezembro, surgiram boatos de que a organização religiosa The Nation of Islam teria começado a cuidar da segurança de Michael Jackson. Mas a instituição negou a história ao falar sobre não existir "nenhum relacionamento comercial ou profissional oficial" com o cantor.
Depois de meses de diversas atualizações no caso, durante audiência antes do julgamento, a promotoria alegou que Jackson atraiu o acusador e a família para a casa dele, e os teria forçado a fazer um vídeo elogiando o cantor. Por outro lado, a equipe do Rei do Pop falou sobre as alegações do rancho Neverland ter sido criado para seduzir crianças eram "absurdas".
Então, o juiz concordou com o pedido da defesa de adiar o julgamento até 31 de janeiro de 2005.
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