Falastrão ex-vocalista do Smiths já chamou um país inteiro de subespécie, comparou a Alemanha Nazista com a Inglaterra atual e desejou a morte de diversas personalidades
Fernanda Talarico Publicado em 30/11/2018, às 16h17
Morrissey chega ao Brasil nesta sexta, 30, para apresentar no Rio de Janeiro, e em São Paulo no dia 2 de dezembro, a turnê do disco Low in High School, de 2017.
Junto com o ex-vocalista do The Smiths, chegam também as diversas polêmicas que sempre permeiam qualquer assunto relativo a ele.
Moz é acusado de racismo, machismo, supremacista, nacionalista, xenófobo e muito mais. Para se defender, Morrissey criou um site onde são publicadas entrevistas e declarações próprias porque, segundo ele, “Falo muitas coisas que eu não quis dizer”.
Para você ficar inteirado dos assuntos e ter muito sobre o que conversar na fila do show, nós listamos algumas polêmicas de Morrissey. Leia e tire suas próprias conclusões:
Brexit
Quando o resultado do referendo do Brexit foi anunciado, Morrissey disse ter achado “magnifico”. Para ele, a saída do Reino Unido da União Europeia seria uma ótima maneira de “ajudar a manter a identidade da cultura britânica”.
Cancelou um show porque “estava muito frio”
Em 2017, Morrissey cancelou de última hora um show que aconteceria em Paso Robles, Califórnia, alegando que “estava muito frio para se apresentar”.
Harvey Weinstein e Kevin Spacey
Em entrevista concedida ao site Spiegel Online, Morrissey confessou achar que Harvey Weinstein e Kevin Spacey – ambos denunciados por abuso sexual e assédio – estavam sofrendo uma “caça as bruxas”. “Se tudo deu certo e isso [o assédio] deu a elas [vítimas] uma ótima carreira, elas não falariam sobre isso.”
Sobre Spacey, Moz foi específico: “Até onde eu sei, ele estava em um quarto com um menino de 14 anos. Kevin Spacey tinha 26 e o garoto, 14... Quando você está no quarto de alguém, você tem que estar atento no que aquilo pode levar. Para mim, este é o motivo de nada disso parecer ter credibilidade. Me parece que Spacey está sendo atacado sem necessidade.”
James Baldwin
Grande escritor negro e defensor dos direitos humanos, o norte-americano James Baldwin teve seu rosto estampado em uma camiseta que estava à venda durante a turnê de 2017 do Moz.
A peça de roupa tinha o rosto do escritor com um trecho de música “Unloveable“, do disco The Queen is Dead (1986): “Eu visto preto por fora porque preto é como eu me sinto por dentro”. A reação foi negativa e a camiseta foi tirada de venda pouco tempo depois.
Barack Obama
Em participação no programa online Larry King Now, nos Estados Unidos, o cantor declarou: “Obama é branco por dentro? Essa é uma questão muito lógica. Eu acho que ele provavelmente é”.
Donald Trump
Em entrevista concedida ao Der Spielg, o repórter perguntou a Morrissey: “Digamos que exista aqui um botão que, caso pressionado, mate Trump. Você apertaria nele?” O ex-Smiths respondeu:"Apertaria, pela segurança da humanidade. E isso não tem nada a ver com a minha opinião pessoal dele ou da família dele. Apertaria porque tem a ver com o que é bom para humanidade."
Críticas ao List of the Lost
Morrissey respondeu às críticas sobre seu livro de estreia, o List of the Lost, de 2015, dizendo que péssimas avaliações são, na realidade, ataques a ele como ser humano.
Em uma entrevista ao site Chilean, Morrissey declarou: “Eu acredito veementemente na liberdade de expressão e os críticos têm o direito de dizer o que quiser”, disse o cantor. “No entanto, as avaliações são ataques a mim como ser humano."
Jamie Oliver
Em 2014, o ex-vocalista do The Smiths atacou o chef britânico Jamie Oliver dizendo que ele “deveria servir os próprios filhos como comida, já que ele gosta tanto de cozinhar animais novos”.
David e Victoria Beckham
Morrissey, que se refere ao casal como "The Peckhams", os descreve como “insuportáveis” e diz que eles deveriam “ser arrastados para fora do vilarejo e açoitados”.
Olimpíadas em Londres de 2012
Durante as Olimpíadas de 2012, em Londres, Moz fez uma carta-aberta para o seu fã clube, na qual atacou à família real e o evento. Ele detonou o “ufanismo barulhento” e comparou o clima vivido no Reino Unido com o da Alemanha Nazista.
“A 'realeza deslumbrante', está usando as Olimpíadas para suas próprias necessidades empíricas, e nenhuma voz de oposição é permitida na imprensa livre... O espírito da Alemanha de 1939 agora permeia toda a mídia britânica”.
Kate e William
Morrissey ligou o suicídio de uma enfermeira de Londres a Kate Middleton. "Ninguém culpa Kate Middleton, que estava no hospital sem qualquer motivo, pelo o que eu posso ver... Ela não se sente envergonhada com a morte desta mulher. A arrogância da realeza inglesa é inacreditável, absolutamente inacreditável."
Morrissey fez sua banda vestir camisetas com os dizeres “Nós odiamos William e Kate” durante um show.
Ataque Terrorista na Noruega
Em 2011, meses após um atentado terrorista em Olso, Noruega, onde 77 pessoas morreram, Morrissey bradou para seu público, durante uma apresentação em Varsóvia, Polônia: “Isso não é nada se comparado com o que acontece com o McDonald’s e no Kentucky Fried todos os dias”.
Chineses
Durante uma entrevista de 2010 dada ao The Guardian, Morrissey criticou a falta de regulação do governo chinês contra as crueldades que os animais sofrem na China. Mas, ele não parou por aí e atacou todo o povo do país, dizendo: “Você não pode negar que os chineses são uma subespécie”.
Festival Coachella
Durante o festival, em 2009, Morrissey estava se apresentando no famoso festival da Califórnia quando parou o show para dizer que estava sendo cheiro de fumaça – proveniente das comidas feitas no local. “Posso sentir o cheiro de carne queimando... Meu Deus, eu espero que seja carne humana.”
Moz tentou continuar, mas não suportou o cheiro e, durante “Some Girls Are Bigger Than Other”, Moz saiu do palco. “O cheiro de animais queimando me faz passar mal. Eu não consegui aguentar”, explicou.
Elton John
No documentário The Importance of Being Morrissey, de 2002, o ex-Smiths soltou a seguinte frase: “Traga-me a cabeça de Elton John... é um exemplo de carne que não seria considerada assassinato se for servida em um prato”.
Hitler
Morrissey já declarou: “No que se diz respeito ao racismo, os lunáticos da esquerda morderna parecem esquecer que Hitler era de esquerda”.
Madonna
Em 1997, Morrissey ofendeu a Rainha do Pop: “Ela reforça tudo que é absurdo e ofensivo. Feminilidade desesperada. Madonna é o mais próximo de prostituição organizada que existe”. Ele se refere à Madonna como “McDonna”.
Música Eletrônica
Em 1992, Morrissey falou mal da música eletrônica para a revista Details. “É um refúgio para a deficiência mental. É feita por pessoas tediosas para pessoas tediosas.”
Príncipe Charles
Quando questionado sobre o incidente em que um estudante australiano atirou com uma pistola no príncipe de Gales, em 1992, Morrissey respondeu: “Eu gostaria que o príncipe Charles tivesse sido baleado. Acho que faria o mundo um lugar muito mais interessante”.
Bob Geldof e Band Aid
Em 1985, Morrissey atacou o grupo de caridade Band Aid e seu cofundador. “Bob Geldof é um personagem nauseante. Band Aid foi a plataforma mais hipócrita da história da música popular.”
O Band Aid foi uma banda que surgiu da união de músicos ingleses e irlandeses com o intuito de arrecadar fundos para o combate da fome na Etiópia. Eles lançaram o disco Do They Know It’s Christmas?.
The Cure
Sobre a opinião de Morrissey sobre o The Cure, ele é curto e ácido: “Robert Smith é um saco de reclamações sem fundo”.
Reggae
Em 1984, Moz disse em entrevista que odiava a música reggae. Ele chamou o gênero de “a música mais racista no mundo inteiro”. Para ele, o gênero musical faz a glorificação da supremacia negra.
Margaret Thatcher
Em 1984, Morrissey lamentou a tentativa frustrada de assassinato da primeira ministra Margaret Thatcher depois um atentado em um hotel em Brighton. “A tristeza do atentado a bomba do IRA (Exército Republicano Irlandês), em Brighton, é que Thatcher escapou ilesa.”
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