Estrelado por Zendaya e John David Washington, o longa estreou dia 5 de fevereiro na Netflix
Julia Harumi Morita | @the_harumi Publicado em 09/02/2021, às 17h15
Na última sexta, 5, a Netflix lançou Malcolm & Marie, um drama romântico estrelado por Zendaya e John David Washington. Dirigido por Sam Levinson, o longa-metragem conta a história do cineasta Malcolm e da atriz Marie, que discutem o próprio relacionamento durante uma longa e única noite.
Filmado durante a quarentena, a produção estava entre os lançamentos mais aguardados da plataforma de streaming para o mês de fevereiro, contudo, recebeu reviews mistos com elogios e críticas - bem, antes mesmo da estreia, o filme foi alvo de um polêmica sobre a diferença de idade dos protagonistas.
Pensando nisso, a Rolling Stone Brasil decidiu listar 3 aspectos cativantes de Malcolm & Marie e 3 aspectos pouco envolventes do novo filme da Netflix. Confira:
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Zendaya e John David Washington entregam performances espetaculares e, citando um adjetivo usado inúmeras vezes no filme, autênticas. Os dois são os únicos atores do elenco e sustentam quase duas horas de um filme formado por diálogos longuíssimos.
Em um único cenário e praticamente com um único figurino, eles conseguem jogar com a intensidade das brigas e das reconciliações que se sucedem dentro da trama.
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Marie é uma jovem que enfrentou problemas com drogas e precisou passar pela reabilitação. Essa história parece familiar? Bom, ela tem muitas semelhanças com a personagem Rue, que enfrenta os mesmos dilemas, também é interpretada por Zendaya e existe em uma narrativa dirigida por Levinson.
Para os fãs de Euphoria, Marie & Malcolm quase parece um spin-off da vida de Rue alguns anos mais tarde.
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Levinson retrata as nuances de um relacionamento conturbado e mergulha na história de cada personagem. Marie explode, revela os motivos para o próprio comportamento e aponta cirurgicamente os defeitos do parceiro. E Malcolm faz tudo isso de volta.
É um jogo sem vencedor, os dois apresentam argumentos válidos e inválidos - e, no final, tudo ainda parece estar incerto entre eles. Mas o foco está justamente na discussão e em como cada um se vê dentro daquela relação.
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O filme coloca uma lente de aumento sobre o relacionamento de Malcolm e Marie e traz um debate sobre como Hollywood enxerga cineastas negros. Os dois temas são explorados por meio de uma sequência de falas monumentais e vibrantes, que tornam o filme emocionalmente exaustivo para o espectador em alguns momentos.
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Um dos pontos altos da obra é a trilha sonora. Nos breves momentos em que os personagens não conseguem verbalizar os próprios sentimentos, eles usam a música para se comunicar.
Ao longo do filme, ouvimos “In a Sentimental Mood”, de Duke Ellington e John Coltrane, “Get Rid of Him”, de Dionne Warwick, entre outras ótimas escolhas feitas por Labrinth.
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Assim como os episódios especiais de Euphoria, Levinson explora diálogos longos em cenários fixos. A perspectiva demonstra habilidade do diretor como escritor, mas deixa a desejar nas ações dos personagens.
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