- Simone de Beauvoir (Foto: Albert Harlingue/Divulgação)

3 lições que aprendemos com Simone de Beauvoir [LISTA]

Escritora e ativista feminista faleceu no dia 14 de abril de 1986

Redação Publicado em 14/04/2021, às 15h29

Há 35 anos, no dia 14 de abril de 1986, Simone de Beauvoir nos deixava aos 78 anos em decorrência de uma pneumonia. Ao longo da vida, construiu um legado incomparável enquanto escritora, filósofa e ativista feminista. 

Autora do autêntico e revolucionário O Segundo Sexo, Simone de Beauvoir nos ensinou e nos fez refletir sobre diversas questões em relação à liberdade, feminismo, igualdade, identidade, etc. Com um talento extremamente original e único, a escritora foi, e continua sendo, uma referência para muitas pessoas. 

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Filósofa, escritora e ícone do pensamento feminista e existencialista, a ativista estudou Filosofia na Universidade Sorbonne, em Paris. Aos 23 anos, tornou-se professora universitária e deu início às publicações: romances, ensaios, livros e obras que discutiam principalmente a figura da mulher na sociedade. 

É fato que as reflexões filosóficas de Simone de Beauvoir impactaram gerações, inspiram mulheres e são importantíssimas para o estudo do feminismo. Para relembrar a incrível carreira literária da autora, listamos 3 lições que aprendemos com as obras dela. Confira:

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Antes de apresentar a lista abaixo, porém, vale lembrar que, enquanto mulher branca e europeia, a autora deixou de abordar importantes questões do feminismo interseccional. 

Ninguém nasce mulher: torna-se mulher

Frase do livro O Segundo Sexo, "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher" é certamente a mais conhecida da carreira de Simone de Beauvoir. Com o trecho, a autora reflete sobre a distinção entre gênero e sexo. 

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Segundo a ativista, sexo é um fator biológico, parte do corpo humano, enquanto gênero é uma construção social - isto é, ser homem ou mulher não é natural, mas um processo social e identitário. 


O pessoal é político

Simone de Beauvoir discutia questões que até então não eram consideradas "políticas" como trazer o corpo social enquanto tema central de reflexão e discussão ao longo das diversas obras.

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Para a autora, debater e refletir publicamente sobre estas temáticas era uma urgência. Inclusive, com este movimento, a escritora 'antecipava' os estudos feministas frequentes dos anos 1970 de "o pessoal é político". 


Liberdade

Liberdade é um dos pontos mais abordados ao longo das obras de Simone de Beauvoir. Na época, era extremamente à frente do tempo, e a autora também se baseava no próprio relacionamento aberto com o filósofo Jean-Paul Sartre por 50 anos para discutir estas questões.  

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Em uma das afirmações sobre a temática, a autora propõe que "querer ser livre é querer também livres os outros", frase que reflete o relacionamento com Sartre. Em livros como Por uma Moral da Ambiguidade, a autora apresenta discussões aprofundadas sobre a liberdade e relacionamentos. 


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Um tipo de filme recorrente em Hollywood são as adaptações de livros. Muitas dessas histórias são bastante tristes, e contam histórias diversas, como romances decadentes, doenças familiares, momentos conturbados da história da humanidade e até mesmo animais de estimação.

Essas adaptações rendem ótimos filmes, marcando gerações com personagens carismáticos e identificáveis. Por conta disso, o público se sente imerso na história e todos os elementos que a cercam. Ótimos exemplos disso são Marley e Eu e O Menino do Pijama Listrado.

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O Screen Rant selecionou os melhores filmes baseados em livros tristes. Veja cinco abaixo (as sinopses são do IMDb):

Uma Prova de Amor (2009)

Livro: A Guardiã da Minha Irmã, de Jodi Picoult.

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Anna Fitzgerald (Abigail Breslin) busca obter emancipação médica dos pais, os quais dependiam dela para ajudar Kate (Sofia Vassilieva), irmã da protagonista com leucemia, a permanecer viva.


O Menino do Pijama Listrado (2008)

Livro: O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne.

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O filme acompanha Bruno (Asa Butterfield), filho de oito anos do comandante alemão de um campo de concentração. O garoto faz uma amizade proibida com um menino judeu, quem está dentro do campo. Os dois enfrentam consequências surpreendentes e inesperadas.


Diário de uma Paixão (2004)

Livro: Diário de uma Paixão, de Nicholas Sparks.

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Noah (Ryan Gosling) é um homem pobre que se apaixona por Allie (Rachel McAdams), uma jovem rica. Isso deixa o personagem com uma sensação de liberdade, mas os dois logo se separam por causa de diferenças sociais.


Marley & Eu (2008)

Livro: Marley & Eu, de John Grogan.

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Uma família aprende lições de vida importantes e emocionantes com o cachorro travesso e neurótico Marley.


A Escolha de Sofia (1989)

Livro: A Escolha de Sofia, de William Styron.

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Sofia (Meryl Streep) é sobrevivente dos campos de concentração nazistas. A protagonista encontrou uma razão para viver com Nathan (Kevin Kline), um judeu americano brilhante, embora instável, obcecado pelo Holocausto.

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