Série documental explora o crime de mais de 30 anos no Museu Isabella Stewart Gardner
Marina Sakai (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 09/05/2021, às 11h00
Tradicionalmente, o Dia de São Patrício é comemorado nos Estados Unidos com a apreciação da cultura, gastronomia e cervejas irlandesas. Pessoas se reúnem em bares e espaços boêmios durante a festa, enquanto outras partes das cidades ficam vazias. Nesse dia, em 1990, ladrões se aproveitaram da ocasião para roubar o Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, EUA. A nova série documental da Netflix, O Maior Roubo de Arte de Todos os Tempos (2021), conta essa história.
Os criminosos levaram 13 obras de arte com valor total aproximado de US$ 200 milhões — cerca de R$ 1 bilhão — além de terem ficado mais de uma hora dentro do museu, certos de que a polícia não viria. Todo esse mistério levou a mais de 25 anos de investigação por parte do FBI e da polícia de Boston.
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Dirigida por Colin Barnicle, a produção é intrigante e deixa o espectador curioso até o final. Confira três motivos para assistir (e três para não assistir) O Maior Roubo de Arte de Todos os Tempos:
Para quem ama arte e histórias sobre crime, O Maior Roubo de Arte de Todos os Tempos é a escolha perfeita. A trama do furto é complexa e inesperada. Ao mesmo tempo, para os fãs de arte, ver de perto o Isabella Gardner, um dos museus mais respeitados dos Estados Unidos, é impressionante.
Por outro lado, a arte não é o foco principal da produção, a qual toma caminhos inesperados ao longo dos episódios. A série não explica muitas tecnicalidades dos quadros, quem eram os pintores ou qual valor os objetos tinham para os criminosos.
A arte fica em segundo plano, usada apenas como moeda de troca entre ladrões especializados neste segmento — sim, eles existem — ou lembradas como símbolo do que foi perdido.
Com apenas quatro episódios de cerca de 50 minutos, a série é ótima para maratonar durante um fim de semana. Por focar em crime, é super envolvente e cada capítulo termina sem muitas conclusões e inspira curiosidade para continuar assistindo.
Não é spoiler, mas este pequeno detalhe pode afastar muitas pessoas da produção: apesar de ter acontecido há mais de 30 anos, o crime não foi fechado, as obras não foram encontradas e não é claro quem cometeu o roubo.
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Se não aprendemos muito de história da arte, por outro lado, ganhamos aulas sobre a máfia italiana na Costa Leste dos EUA nos anos 1990. O clima era tenso entre as gangues e o principal foco da polícia era colocar todos os envolvidos na cadeia. Roubos de arte não eram prioridade para as autoridades, mas os dois assuntos podem estar conectados: mafiosos perceberam como podiam comprar a saída da prisão com a devolução de um item de arte roubado.
Por entregar um panorama bastante completo da máfia italiana, o enredo envolve vários nomes de pessoas as quais acabam presas, mortas ou desaparecidas. O desenvolvimento não é totalmente linear, muitas pessoas são mencionadas e é necessário pausar para lembrar quem fez o que - e isso pode ficar cansativo depois de alguns episódios.
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