O artista morreu no dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, deixando um rico legado para o rock nacional
Redação Publicado em 21/08/2019, às 21h36
Há exatos 30 anos, morria Raul Seixas. O Raulzito, o Maluco Beleza, entre outros apelidos, era um dos raros artistas brasileiros que entendiam as raízes do rock norte-americano; regurgitava a música brega e nordestina sem ranço irônico e, como um fiel pós-tropicalista, bagunçou o legado do movimento criado em 1968.
Nascido em Salvador, na Bahia, em 1945, o músico era grande fã de Elvis Presley. "Eu ouvia os discos de Elvis Presley até estragar os sulcos. O rock era como uma chave que abriria minhas portas que viviam fechadas. Usava camisa vermelha, gola virada para cima. As mães não deixavam as filhinhas chegarem perto de mim porque eu era torto como o James Dean", ele disse, certa vez.
E se comparava ao astro do cinema de Hollywood: "Olhava de lado, com jeito de durão. Cada vez que eu cumprimentava uma pessoa dava três giros em torno do próprio corpo. Eu era o próprio rock. Eu era Elvis quando andava e penteava o topete. Era alvo de risos, gracinhas, claro. Eu tinha assumido uma maneira de vestir, falar e agir que ninguém conhecia. Claro que eu não tinha consciência da mudança social que o rock implicava. Eu achava que os jovens iam dominar o mundo".
Há pouco mais de quatro décadas, Raul Seixas vivia o seu melhor momento artístico e comercial com o estouro do álbum Gita e da música homônima. Ele realmente deslanchou quando firmou a parceria com o escritor e letrista Paulo Coelho.
“Ouro de Tolo” foi um sucesso nacional em 1973, mas com “Gita” o cantor baiano foi elevado ao posto de guru e herói da contracultura. Sem dúvida a figura de Raul tem hoje um verniz folclórico, mas o espectro da música dele vai muito além de interpretações trôpegas de “Maluco Beleza” em rodas de violão.
O "pai do rock brasileiro" morreu no dia 21 de agosto de 1989, aos 44 anos, devido a um ataque cardíaco, causado pela falta de seus remédios para diabetes e uma crise de pancreatite.
Ferino, anárquico, ocasionalmente romântico e roqueiro até a medula, Raul ainda cintila. Em sua homenagem, reunimos aqui as músicas de Raul Seixas mais buscadas no Google nos últimos 15 anos:
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