Adaptação live action da animação da Disney foi indicada ao Melhor Figurino
Mariana Rodrigues (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 27/04/2021, às 19h38
A Disney é conhecida por grandes filmes com histórias emocionantes, personagens cativantes e, claro, uma dose de magia. Nos últimos anos, o estúdio apostou nas versões live action de algumas das animações mais famosas, como Cinderela (2015), A Bela e a Fera (2017) e Aladdin (2019). A mais recente foi Mulan (2020), dirigido por Niki Caro e indicado ao Oscar por Melhor Figurino e Melhores Efeitos Especiais.
A história segue a mesma premissa da versão animada, no entanto, com algumas alterações. Mulan (Liu Yifei) é a filha mais velha de uma grande guerreiro chinês. Desde pequena, desenvolveu aprimoradas habilidades de batalha, mas sempre foi reprimida por ser mulher e ter como única obrigação conseguir um casamento.
Quando o Imperador da China sofre uma ameaça, todas as famílias são obrigadas a enviar um homem para o exército. Para proteger o pai, a garota se disfarça de homem e parte para a guerra.
Mulan é uma das personagens mais destemidas da Disney e, por ser uma guerreira disfarçada, um figurino adequado é essencial para a história. Apesar da figurinista Bina Daigeler se inspirar nas roupas da animação, algumas alterações foram necessárias para ser mais fiel à cultura chinesa e também permitir o movimento dos atores. Pensando nisso, separamos alguns detalhes para prestar atenção no figurino de Mulan. Confira:
Qualquer figurino requer uma pesquisa para entender o contexto histórico - e com Mulan não foi diferente. Daigeler viajou até a China para visitar museus, bibliotecas e conversar com pessoas para entender mais sobre as vestimentas e cultura daquele povo.
"Pesquisei muito. Tentei absorver cada dinastia diferente e fazer o máximo possível de pesquisa visual dos diferentes períodos da cultura chinesa,” disse ao ComicBook.
No entanto, mesmo com muito material, Mulan ainda é um filme da Disney. Por isso, a figurinista queira garantir um pouco de magia nas roupas.
+++ LEIA MAIS: Atriz de Mulan enganou os outros atores com figurino masculino
"Nós queríamos um elemento de fantasia para fazer algo mais acessível para o público. Não é um documentário, afinal. Então, tivemos espaço para isso nas roupas dos aldeões e dos personagens místicos," explicou ao Bellow The Line.
Mulan é um filme com cenas de guerra, e cenas de guerra exigem roupas adequadas para facilitar o movimento dos atores. No entanto, também precisam ser realistas. Por isso, a armadura de Mulan e dos outros soldados foi projetada para ser pesada e confortável na medida certa.
+++ LEIA MAIS: Por que a Disney gastou tanto em Mulan quanto em Bela e a Fera?
"Fizemos muitos protótipos para esse figurino, para torná-lo resistente, mas flexível o suficiente. Ensaiamos muito com ela e mudamos a roupa até ficar rígida, mas ainda, de alguma forma, mover-se com facilidade," comentou Daigeler.
Xianniang (Gong Li) possui um dos figurinos mais complicados de se produzir, de acordo com Daigeler. Também conhecida como Bruxa, consegue se transformar em um falcão. As roupas e maquiagem refletem não só essa habilidade, mas, também, questões psicológicas mais profundas acerca de Xianniang.
Assim como Mulan, a Bruxa também quer ser respeitada no mundo dos homens. Por isso, o figurino era como uma armadura, algo que permitisse o movimento dela, mas também expressasse "a complexidade e tortura interna que a personagem sente," como explica a figurinista ao Bellow The Line.
"Para mim, a armadura é algo como um sentimento de estar presa. Porque a diferença de Mulan é que ela usa a armadura, mas se livra dela. Mas nossa Bruxa? Nunca. Ela fica na jaula. Então, há muitas ideias psicológicas por trás desse traje," completa Daigeler em entrevista ao ComicBook.
O figurino Mulan é muito colorido e isso não é por acaso. Nas cenas iniciais, é possível ver muitos tons nas roupas dos aldeões, como amarelo, laranja, vermelho e roxo. Inclusive, o vermelho predomina em praticamente todos os trajes de Mulan. "É uma cor icônica na China," disse a diretora Niki Caro em entrevista ao Disney+. Enquanto o preto, utilizado na roupa do exército inimigo, representa "terror, falta de amor e empatia."
Em cada peça, a figurinista Daigeler prezou por detalhes e utilizou a textura dos tecidos para criar sustentação e movimento. "Isso é algo no qual realmente presto muita atenção, porque quando você tem tecidos com textura, é muito mais rico para a câmera captar todos esses detalhes e isso torna tudo muito mais interessante," explicou ao ComicBook.
+++ LEIA MAIS: 5 curiosidades sobre Mulan: Mushu desrespeitoso, Christina Aguilera e mais
+++ HAIKAISS | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO | ROLLING STONE BRASIL
Apesar de ter vivido apenas 28 anos, Heathcliff Ledger (mais conhecido por Heath) marcou o cinema com papéis como Patrick Verona em 10 Coisas que Eu Odeio em Você (1999) e Coringa em Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008).
Heath nasceu em Perth, Austrália, em 4 de abril de 1979. Neste domingo, completaria 42 anos. Confira sete curiosidades sobre o ator: da origem de nome a quem era o melhor amigo.
+++LEIA MAIS: Além de Coringa: 4 papéis icônicos de Heath Ledger [LISTA]
Nome
O nome do ator, Heathcliff, foi inspirado em um personagem de O Morro dos Ventos Uivantes (1847), de Emily Brontë, livro preferido da mãe dele, Sally Ledger. Do mesmo romance, Sally tirou o nome de outra filha, Katherine.
Primeiras experiências
Heath estudou na Guildford Grammar School, escola só para meninos, onde teve a primeira experiência como ator. Aos 10 anos, participou de uma montagem da peça Peter Pan.
Como ator profissional, um dos primeiros papéis da carreira foi em Home And Away (1988), espécie de novela teen a qual lançou várias estrelas australianas. Interpretou Scott por apenas 10 episódios e, apesar de ter feito muito sucesso, recusou propostas dos produtores para continuar.
Inspiração
Durante os anos de escola militar, Heath coreografou e dirigiu um grupo de 60 colegas para uma competição. Foi a primeira equipe masculina a disputar, e saíram vitoriosos. O ator comparou a apresentação ao estilo de Gene Kelly, de Cantando na Chuva (1952) e revelou como o dançarino era seu maior ídolo no cinema.
Xadrez
Heath era um adorador de xadrez e jogava desde pequeno. Aos 10 anos, ganhou o campeonato júnior da Austrália Ocidental. Quando adulto, continuou o hábito e jogava frequentemente no Washington Square Park em Nova York (EUA).
Gambito da Rainha
A partir do amor pelo xadrez, em 2008, anunciou planos de iniciar filmagens da adaptação do livro O Gambito da Rainha (1983). Teria sido a estreia de Heath como diretor de cinema. 12 anos depois, o romance foi adaptado para uma produção da Netflix e foi a série mais assistida de 2020, segundo JustWatch.
Jake Gyllenhaal
Colegas de elenco em O Segredo de Brokeback Mountain (2005), Heath e Jake Gyllenhaal se tornaram grandes amigos. O ator é, inclusive, padrinho da única filha de Ledger, Matilda.
Coringa
O vilão de O Cavaleiro das Trevas (2008) foi o papel de maior reconhecimento de Heath. Com ele, ganhou o Oscar póstumo de Melhor Ator Coadjuvante em 2009. Nas filmagens, projetou sozinho a composição do personagem. Segundo Heath, se Coringa fosse real, faria a própria caracterização.
Foi à farmácia, comprou maquiagem e aplicou-a sozinho. Depois, a equipe de maquiagem apenas replicava o visual criado por ele.
Morre Andy Paley, compositor da trilha sonora de Bob Esponja, aos 72 anos
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições