No Dia Mundial de Combate à Aids, a Rolling Stone Brasil listou algumas produções que acompanham personagens soropositivos
Camilla Millan I @camillamillan Publicado em 01/12/2020, às 16h12
1º de dezembro é marcado como o Dia Mundial de Combate à Aids - data a qual, além de evidenciar a importância da prevenção e tratamento da doença, também é essencial para desmistificar estereótipos sobre as pessoas que são HIV positivo.
Apesar de ser erroneamente considerado um vírus relacionado às relações homossexuais - algo que permanece até a atualidade -, qualquer pessoa pode ser portadora do vírus HIV. No entanto, isso ainda não é retratado na maioria das produções audiovisuais.
Dessa forma, a desinformação e preconceito potencializaram diversos mitos sobre os portadores do vírus. Por isso, a Rolling Stone Brasil separou algumas produções que combatem à desinformação e estereótipo sobre os soropositivos:
A série acompanha diversos estudantes da escola Las Encinas, como Marina, que é soropositivo. A forma que a produção aborda a Aids é necessária, criticando a maneira que os portadores da doença são tratados na sociedade.
Inclusive, em Elite, familiares e amigos de Marina culpam o ex-namorado dela, Pablo, pela personagem ser soropositiva, uma acusação que revela como algumas pessoas consideram que o vírus está ligado aos mais pobres.
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Por isso, a série consegue retratar muito bem a vida do soropositiva sem estereótipos, além de escancarar todo o preconceito ainda presente na sociedade.
Na série, o personagem Oliver Hamptom, namorado de Connor Walsh, descobre ser portador de HIV na primeira temporada. Contudo, a descoberta não afeta o relacionamento dos dois, muito pelo contrário.
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A produção mostra como é perfeitamente possível manter um relacionamento com alguém soropositivo, além de mostrar métodos de prevenção. Connor, por exemplo, fala diversas vezes como toma diariamente o PrEP —um “coquetel” chamado de profilaxia pré-exposição, que é um método adicional na prevenção contra o vírus.
No filme, Ron Woodroof, um homem heterossexual, é diagnosticado com Aids em 1986 - época na qual a doença fazia muitas vítimas, ainda era pouco conhecida e não possuía grandes tratamentos.
Dessa forma, os médicos dão poucos meses de vida para o personagem - diagnóstico que Woodroof não aceita. Assim, ele começa a procurar tratamentos alternativos, passando a contrabandear drogas ilegais do México.
O filme retrata a vida de Freddie Mercury, o lendário vocalista do Queen que faleceu vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS, em 1991, um dia após ter assumido a doença publicamente.
Apesar de criticado por alterar datas e informações sobre a batalha de Mercury contra a Aids, o filme mostra como a doença não tinha grandes tratamentos na época, o que fazia dela, muitas vezes, fatal.
Além disso, é importante falar sobre o filme, pois a morte de Mercury em decorrência da Aids foi um marco na campanha de conscientização sobre a doença na década de 1990
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