Emocione-se, revolte-se e ria com algumas das melhores histórias nacionais
Yolanda Reis | @_ysreis
Publicado em 07/03/2021, às 17h00Em março de 2021, um fenômeno audiovisual brasileiro tomou a Netflix de assalto: Cidade Invisível, série sobre folclore local, alcançou prestígio nacional e global. Mais uma vez, é um aviso para olhar para a nossa produção cultural.
Quem se propõe a assistir, sabe: o Brasil sabe fazer filme. Os cineastas brasileiros são conhecidos por não apenas explorar a cultura e a aparência típica do país, mas fazê-lo de modo singelo, emocionante, e bastante único.
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Alguns têm a sorte de tornar-se clássico em solo nacional - como Que Horas Ela Volta (2015). Outros, vão além e chegam às linhas cult do exterior - como Aquarius (2017).
Mas a verdade é: não faltam produções nacionais encantadoras e de qualidade. De alcance fácil, ainda, na Netflix. Então, para ir além de Cidade Invisível e mergulhar em algumas produções (recentes ou não) que mostram bem o Brasil, veja esse guia:
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O carioca Maurício começa a estudar medicina, e fica incomodado ao perceber: além dele, somente os cadáveres e funcionários da universidade são pretos. O filme explora a violência de raça e ignorância ao sofrimento da população negra.
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Uma jornalista tenta salvar a própria casa, história e apartamento da vontade de uma construtora de destruir seu lar. A direção de Kleber Mendonça Filho foi altamente comentada e repercutida internacionalmente, assim como a produção e atuações.
Um coming of age na qual a adolescente Dora se muda para Salvador, morar com a avó que não conhece, depois de passar a vida na Alemanha. Um mostra interessante da cultura base e acolhedora do Brasil, assim como o machismo inerente e incômodo daqui.
Um excêntrico e raro musical cinematográfico. Leva às telonas o potencial da diversão teatral, mas com a possibilidade da mudança de cenário. O enredo explora o coveiro Deodato “rearranjando” o cemitério para abrigar mais ossadas. Uma mistura ótima de comédia, inovação de formato no Brasil e a pura diversão.
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Com um pretexto simples - durante a Segunda Guerra, um alemão foge para o Brasil e vai vender aspirinas no Sertão do Nordeste - o filme explora justamente a própria escassez de si mesmo para brilhar. Encantou do Oscar ao Cannes, do NY Times à Netflix pela excelência de diversão da narrativa.
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