J. K. Rowling é uma escritora habilidosa, e cria ganchos enormes entre os livros da saga
Redação Publicado em 29/10/2019, às 17h12
Harry Potter é uma das sagas de maior sucesso do mundo geek. Os filmes têm bilheterias milionárias; os livros, reinventaram a maneira de jovens se relacionarem com publicações. Mesmo assim, grande parte dos fãs conheceram o bruxo pelas telonas, e não pela obra de J. K. Rowling.
Porém, como costuma acontecer, os livros têm muitos fatos que ficaram de fora dos filmes. Rowling é excelente autora, e esconde segredos em pequenos detalhes - percebidos só pelos mais assíduos leitores.
Separamos, aqui, algumas nuances de J. K. Rowling ao longo da saga Harry Potter que nunca chegaram aos filmes da Warner Bros. Veja:
Rita Skeeter, a jornalista fofoqueira, inferniza a vida de Harry Potter. Principalmente durante o Torneio Tribruxo, em O Cálice de Fogo - fazendo fuxico sobre ele no jornal Profeta Diário, a maioria mentiras. E, o mais incrível: ela sempre conseguia descobrir tudo o que acontecia na vida do menino - quer ele estivesse no meio de uma aula, ou andando pelos jardins de Hogwarts.
E então, Hermione Granger mostra a sua genialidade - ela deduz que Skeeter é, na verdade, uma animaga (bruxa que vira um animal) e pode se transformar em besouro; assim, espiona todos. A garota a prende em um pote, e faz ela prometer que nunca mais vai escrever sobre Harry.
É uma pena que as cenas ficaram de fora das telonas. Em primeiro lugar, por exaltar a inteligência de Hermione. E também por deixar de fora um lado bem sombrio dela - capaz de prender e ameaçar uma pessoa.
O natal em Hogwarts é sempre uma alegria - e Harry mal pode esperar para ver o salão principal enfeitado com os 12 pinheiros gigantes e comer a ceia deliciosa. Mas, em Prisioneiro de Azkaban, a reunião foi pequena (os bruxos estavam com medo de Sirius Black) e todos que estavam no castelo - professores e alunos - comeram juntos.
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A última a chegar no local foi a vidente charlatã Sibila Trelawney, professora de adivinhação que sempre acreditava que Harry morrerria tragicamente. Assim que chegou ao salão, ela contou o números de pessoas à mesa - 12 - e não quis sentar. Quando 13 comem juntos, acredita ela, o primeiro a levantar se morre.
Dumbledore não acredita no papo e levanta para recebê-la. Mas o que ninguém sabia é que, quando ele fez isso, já havia 13 pessoas à mesa - uma delas era Pedro Petigrew disfarçado como Perebas, rato de Rony Weasley. E, certamente, o primeiro da mesa a falecer é o diretor. Como previsto por Trelawney.
Em Ordem da Fênix, descobrimos que Snape é legilimens - ele pode “ler” mentes. Mas J. K. Rowling contou isso bem, bem antes. Em Pedra Filosofal, quando Harry, Rony e Hermione acreditam que o professor tentava roubar a Pedra, o protagonista ficou preocupado com uma possibilidade: ele achava que o mestre de poções conseguia ler a mente dele. Quem diria? Conseguia mesmo!
Os fãs de Harry Potter conheceram Sirius Black em Prisioneiro de Azkaban. O garoto passa o livro inteiro achando que o homem era o assassino de seus pais - para depois descobrir que ele era o melhor amigo amigo deles, além de seu padrinho - e totalmente inocente.
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O personagem, até então misterioso, porém, foi um dos primeiros citados na saga. No primeiro capítulo de A Pedra Filosofal, Hagrid leva Harry, ainda bebê, à Rua dos Alfeneiros. Chega em uma moto voadora - e disse que “cruzou com o jovem Sirius [Black]” e ele emprestou o veículo. Até diz que vai devolvê-lo, mas nunca o encontra.
Somente uma linha, mas com uma relevância gigantesca no futuro. Enquanto Hagrid tirava o pequeno Harry dos escombros da casa destruída, Sirius chegou. Ele era o melhor amigos dos Potter. Desesperado, começou a tentar ajudar o casal - e entregou a moto para o meio-gigante levar o bebê para um lugar seguro. A perdição: como ele estava lá quando a polícia chegou, foi culpado pelo crime. Acabou preso em Azkaban por 13 anos por um crime que não era dele (no caso, o assassinato de Pettigrew).
Quando o bebê Harry chega à Rua dos Alfeneiros para morar com os Dursley, McGonnagal e Dumbledore o esperam. A professora repara na cicatriz em formato de raio na testa do pequeno, e pergunta se o diretor não pode consertar. Ele poderia tentar, mas não o faz, pois cicatrizes podem ser úteis (ele mesmo tem uma no joelho esquerdo que é uma cópia exata do mapa do metrô de Londres!).
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Apenas cinco livros depois, em Ordem da Fênix, que descobrimos como a cicatriz é util: serve como uma ligação à Voldemort, arqui-inimigo de Harry, e uma “porta de entrada” para os pensamentos do bruxo malvado. Mais para a frente ainda, no final de Relíquias da Morte, descobrimos como, além de tudo, isso acontece porque Potter é uma Horcrux de seu inimigo - o que o obriga a se sacrificar para matar Voldemort.
Então, do primeiro ao último instante, a história de Harry Potter estava baseada na cicatriz. O que leva à última frase dos sete livros: “A cicatriz não incomodara Harry nos últimos dezenove anos. Tudo estava bem.”
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