- Ginger Baker (Foto: Yui Mok/AP)

6 músicas que provam como Ginger Baker, morto aos 80 anos, fará falta

O baterista faleceu neste domingo 6 de outubro

Redação Publicado em 07/10/2019, às 19h55

Ginger Baker era um paradoxo: um baterista de rock e amante do jazz, além de um londrino que assumiu completamente os estilos da bateria africana. É por isso que, caso só um lado dele seja conhecido pelo público, não é o suficiente para a compreensão da grandiosidade do trabalho do baterista. 

Em 1966, Baker se uniu a Eric Clapton e Jack Bruce para dar início ao power trio Cream. Dali em diante, o baterista aventurou-se para além do rock, com o jazz, a música africana, o rock progressivo e a psicodelia.

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O currículo do músico nos últimos 50 anos apresenta uma variedade impressionante de artistas e gêneros musicais, não só o afrobeat de Fela Kuti e o vocalista do Sex Pistols, John Lydon, mas o guitarrista de vanguarda Sonny Sharrock e o trompetista de jazz Ron Miles.

Assim, destacamos 6 músicas, escolhidas pela Rolling Stone Estados Unidos, que provam como Ginger Baker, morto aos 80 anos neste domingo, 6, fará falta - e muita. 

Veja a lista: 

Cream, “Sunshine of Your Love” (1967)

Um dos maiores sucessos do trio power Cream, conta com uma bateria de Baker com um pulso mínimo e descontraído nos timbres.


Blind Faith, “Do What You Like” (1969)

Na segunda banda de BakerClapton, Blind Faith, a dupla se apresentou disposta à experimentação. O baterista molda "Do What You Like", por exemplo, com um pulso de pratos de jazz combinado a um solo de funk. 


Ginger Baker’s Air Force, “Aiko Biaye” (1970)

Depois de Cream e Blind Faith, Baker aprofundou-se na mistura singular de influências e o primeiro disco do grupo é um conjunto que experimenta a mistura da música africana, funk estridente e rock psicodélico. "Aiko Biaye" é uma fatia brilhante do que ele apresenta no trabalho.


Baker Gurvitz Army, “Love Is” (1974)

Após Ginger Baker’s Air Force, o músico se uniu aos irmãos Adrian e Paul Gurvitz para formar o Baker Gurvitz Army. Se você deseja ouvir como seria o som de Ginger Baker tocando rock progressivo, os dois primeiros disco do grupo são essenciais. "Love Is" é um instrumental da estreia homônima da banda que resume a mistura de ousadia e teatralidade e as combina com o groove escorregadio do baterista.


Public Image Ltd, “Ease” (1986)

Public Image Ltd de John Lydon contou com Ginger Baker em Album, quinto disco de estúdio da banda. O desempenho imperturbável de Baker complementa perfeitamente o som envolvente e artístico de "Ease".


Ginger Baker Trio, “Rambler” (1994)

Baker orgulhosamente gritou as influências do jazz ao longo da vida dele, mas já estava na casa dos cinquenta anos quando lançou um disco do estilo musical e assinado com o próprio nome. Ele escolheu os colaboradores perfeitos: o guitarrista Bill Frisell e o baixista Charlie Haden, dois improvisadores que compartilharam o mesmo amor do baterista pelo gênero.
"Rambler", escrito por Frisell, é alimentado pelo barulho sem pressa de Baker e captura uma estética única entre gêneros, nem rock, nem jazz, mas uma forte compreensão de cada um.

 
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