A segunda temporada da produção estreou na Netflix no início de dezembro
Redação Publicado em 20/12/2020, às 13h00
Em dezembro de 2020, a Netflix disponibilizou a segunda temporada de 60 Dias Infiltrados na Prisão, uma série documental que acompanha indivíduos que se voluntariam para passar dois meses infiltrados em penitenciárias. O programa do A&E já tem 6 temporadas, e é um sucesso - e algumas curiosidades do backstage podem ser impressionantes. As informações são do Screenrant.
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No programa, os indivíduos receberam antecedentes criminais forjados com o objetivo de se integrarem à população carcerária - e lógico, observar problemas de segurança, drogas e celulares para obter informações privilegiadas e relatar aos responsáveis das prisões.
A premissa do programa, que estreou no A&E em 2016, é certamente louca - isso porque deixa os voluntários em um perigo constante. Contudo, algumas informações do backstage são ainda mais impressionantes - e o Screenrant fez uma lista; confira:
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Colocar pessoas inocentes na prisão em uma vigilância de 24 horas por dia pode ter gerado grandes dúvidas quanto a legalidade do programa - e a produção teve que passar por vários obstáculos para dar certo.
Na realidade, fazer inocentes entrarem na prisão foi o processo mais fácil - a dificuldade foi de evitar a violação dos direitos dos detentos. Para isso, integrantes das prisões, tanto presidiários quanto carcereiros, tiveram que assinar um formulário de liberação padrão.
Outro desafio, segundo o Screenrant, foi evitar a filmagem de locais proibidos - áreas ao redor do banheiro e do chuveiro. Por isso, as equipes de filmagem precisaram sacrificar ângulos em favor de gravações que não interferissem nos direitos de ninguém.
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Muitas pessoas devem se preguntar como fazer para entrar no programa, já que os participantes são os mais diversos possíveis - de advogados e professores a policiais - e cada um com um interesse específico em entrar na prisão.
Segundo o produtor executivo Gregory Henry, foram muitas as pessoas que se voluntariaram para participar - e a equipe precisou usar critérios para escolher os indivíduos. O principal, segundo o Screenrant, foi selecionar pessoas de todas as esferas.
A produção fez questão de escolher, em toda temporada, participantes diversos que tivessem opiniões diferentes sobre o sistema carcerário e a aplicação de leis. Assim, foram selecionados tanto parentes de ex (e atuais) detentos, quanto advogados e policiais.
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Como na maioria dos programas, a população carcerária em 60 Dias Infiltrados na Prisão é representada de forma exagerada. Na produção, muitos presos foram retratados como viciados em drogas pesadas, como cocaína e metanfetamina, mas nem sempre era assim.
DiAundré Newby, participante da primeira temporada do programa do A&E, explicou as cenas no programa de presos cheirando pó não eram exatamente assim: “Existem essas coisas chamadas Stonewalls (pílulas de tabaco) e elas não são realmente ilegais, você pode comprá-las na loja por US$ 12 a caixa. As pessoas que tinham o hábito de cheirar coisas nas ruas pegavam essas pílulas e amassavam, formavam uma linha e cheiravam”.
Apesar do vício em substâncias ilícitas ser uma realidade dentro e fora das prisões, o participante explicou que o uso dessas pílulas não dava grandes efeitos: “Isso realmente não fez nada por eles além do efeito placebo de ter algo em seu nariz”.
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Mesmo com o nome sugestivo, nem sempre o período de 60 dias foi cumprido no programa. Há registros da prisão do condado de Fulton os quais mostram que alguns participantes ficaram menos de um mês, e não foi porque ele saiu antes.
Um dos exemplos é uma participante polêmica da quarta temporada, Angele Cooper, que ficou na prisão por um mês e dois dias. Segundo o Screenrant, ela teria sido removida antes por questões de segurança, mas as circunstâncias exatas não foram divulgadas.
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Com muitas horas de filmagem, a produção precisou editar e fazer grandes cortes para a edição final - e algumas situações acabaram sendo forjadas. Rob Holcomb, da primeira temporada, afirmou que a série editou sequências para fazer parecer que ele estava correndo muito mais perigo do que realmente estava.
Segundo ele, isso foi feito para pintar um retrato ainda mais estereotipado e injusto da população carcerária.
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