O maior grupo de k-pop é também um dos maiores fenômenos musicais atuais. Por que não consideram assim?
Yolanda Reis Publicado em 27/01/2020, às 15h31
Na noite deste domingo, 26, aconteceu em Los Angeles, California, a 62ª edição do Grammy, a maior premiação musical do mundo. Diversos artistas subiram ao palco para apresentar seus sucessos, inclusive Lil Nas X, dono do hit Nº1 de 2019, “Old Town Road.”
Ao lado de Nas X estava Billy Rae Cyrus - que gravou a canção com ele - e o grupo de k-pop BTS, um dos maiores fenômenos da música atual. Mas há algo estranho: o grupo ficou apenas alguns segundos no palco, e logo desceu.
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Por um lado, faz sentido: BTS não recebeu nenhuma indicação ao Grammy 2020, e aquela era a apresentação do country/rap de Lil Nas X, não deles. Foi uma participação especial que não havia motivo para se estender.
Porém, podemos analisar de um outro modo e entender que os curtos segundos de apresentação do BTS na verdade configuram uma injusta. Afinal, como um dos maiores grupos da música em 2019, por que o conjunto não foi indicado a nem um único Grammy?
Separamos, abaixo, 7 motivos para acreditar que foi injusto o BTS não ter recebido indicações no Grammy 2020
Com estreia em abril de 2019, o disco Map of the Soul: Persona foi um sucesso estrondoso. Amado por milhões (mais especificamente, 3 milhões de cópias vendidas) o trabalho rendeu ao BTS o 1º lugar no top 200 da Billboard
Inclusive, o fato de Map of the Soul: Persona ter alcançado o primeiro lugar deu um recorde bem impressionante para o BTS: eles superaram os Beatles com mais discos Nº1 em menos tempo!
O BTS demorou 11 meses para emplacar Love Yourself: Tear (2018), Love Yourself: Answer (2018) e Map of The Soul: Persona (2019) no topo da lista. Os Beatles demoraram 11 meses e uma semana para colocar três discos no topo em 1995.
Mesmo assim, nenhum dos dois é campeão: em 1967, The Monkees colocou More of the Monkees (1967), Headquarters (1967) e Pisces, Aquarius, Capricorn, and Jones LTD (1967) no topo no período de nove meses e três semanas.
O k-pop é a voz da Coreia do Sul para o mundo. O estilo é, hoje, uma das maiores partes da indústria da música. E boa parte disso vem do BTS. Em 2019, o grupo colocou mais músicas no topo da Billboard Hot 100 do que qualquer outro grupo ou artista coreano na vida inteira deles. Foram 7 músicas em 2019, e 17 durante toda a carreira.
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Quando o BTS ficou de fora das principais categorias do VMAs da MTV em julho de 2019, o Market Watch fez um estudo comparando a popularidade do grupo a de outros artistas da premiação - que também apareceram como queridinhos do Grammy - como Billie Eilish, Taylor Swift, Ariana Grande, Lil Nas X e Jonas Brothers.
O resultado mostrou que o BTS é tão popular quando qualquer um desses outros. O grupo de K-Pop vendeu cinco vezes mais discos do que Swift na primeira metade do ano (mas teve menos streams), e vendeu quase tantos discos quando Billie Eilish e os Jonas.
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Em vídeo, BTS também sai bem: tem mais views que Swift e Jonas e quase empata com Lil Nas X - mas perde para Billie Eilish e Ariana Grande.
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O BTS tem sete integrantes - e fazem, juntos, sucesso. Separados, não é diferente: J-Hope, Suga e RM, que tem carreira solo, já chegaram a boas posições da Billboard. Isso ajuda a mostrar como existe, da fato, talento musical transbordando no grupo de K-Pop.
Em dezembro de 2019, a Billboard revelou uma lista das 25 músicas mais vendidas do ano. O BTS arrasou: estava em 11 delas, quase a metade!
Não existe mais desculpa: não dá para segurar o K-Pop em uma categoria isolada. Os grupos são tão conhecidos (ou até mais populares) do que os artistas principais da noite, como Billie Eilish e Lil Nas X.
Prova disso são as vendas extraordinárias nos EUA, e também as parcerias ocidentais: “Make it Right” com Halsey; “Dream Glow” com Charli XCX; “Idol” com Nicki Minaj e “All Night” com Juice WRLD.
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