Esqueça Super Mario e Sonic, reunimos aqui histórias do mundo dos games com potencial de serem gigantes no cinema
Vinicius Santos Publicado em 11/08/2019, às 09h00 - Atualizado em 12/08/2019, às 13h58
Já fazem alguns anos que a indústria do videogame gera mais renda anual do que indústria do cinema e música somadas - em 2019 o faturamento foi de US$ 134 bilhões. Hollywood, esperta que só, vem adaptando obras originárias em outras mídias para as telonas. O hoje consolidado Universo Cinematográfico da Marvel é o maior desses exemplos.
Mesmo com o tamanho da indústria dos jogos e a força adaptações, não são muitos os games que tiveram versões para o cinema - e não faltam obras com enorme potencial para virar filme.
Após os casos muito bem-sucedidos de Pokémon: Detetive Pikachu e Resident Evil, e outros nem tanto, caso do reboot de Tomb Raider, resolvemos dar uma ajudinha aos executivos da indústria do cinema com sugestões de games que adoraríamos ver adaptados para a tela grande e assisti-los com um saco de pipoca na mão, no escurinho do cinema.
A franquia Uncharted conta a história do caçador de tesouros Nathan Drake, um descendente perdido do famoso corsário inglês Francis Drake, e seu melhor amigo e mentor Victor ‘Sully’ Sullivan. Um filme de Uncharted seria um presente para os fãs que ficaram órfãos da franquia Indiana Jones, e introduziria uma nova geração aos filmes de aventura neste estilo.
E, após anos de especulação, o filme de Uncharted foi de fato confirmado para dezembro de 2020, com Tom Holland ,o Homem-Aranha, como um Nathan mais jovem que nos jogos. Há boatos de que o filme seria um prequel aos jogos, contando como Drake e Sully se conheceram, sendo assim uma história nova para aqueles que já jogaram a série.
Uma das franquias mais notórias exclusivas do Xbox, Gears of War seria uma adição de valor ao cinema. A saga retrata a luta dos humanos que migraram para um novo planeta, Sera. O que a humanidade não sabia é que não estavam sozinhos no novo lar. Do subterrâneo emergem seres reptilianos, os Locust, e as duas espécies entram em conflito imediatamente.
Com uma história cheia de ação, armas futuristas e monstros bizarros, Gears of War nas telonas atrairia um público com potencial de franquias como Alien e Godzilla, assim como fãs de ficção -científica. Nossa dica para elenco vai para o carismático e talentoso Josh Brolin, que poderia facilmente interpretar o badass protagonista Marcus Phoenix.
A fabricante de consoles e jogos Nintendo já foi vítima do pior e do melhor quando se trata de adaptações de seus jogos. Seja de adaptações bem sucedidas e aprovadas pelos fãs, como Pokémon: Detetive Pikachu, de 2018, e de filmes péssimos, como Super Mario Bros., de 1993, que distorceu completamente a premissa do jogo, e é considerado por muitos como o pior filme de video game já feito.
Os fatores que tornam The Legend of Zelda uma boa franquia para adaptar para as telonas é a simplicidade da história (o valente guardião Link deve salvar a princesa Zelda de diversos vilões em um reino repleto de magia) e a diversidade dos tons nos jogos, com títulos onde o mundo é mais realista e sombrio e outros onde é um cartoonizado e com cores saturadas.
The Legend of Zelda carrega todos os elementos a versatilidade para dar uma boa animação, ou um épico de fantasia no melhor estilo Senhor dos Anéis.
No embalo do sucesso de séries sobre desastres nucleares como a minissérie Chernobyl, da HBO, lançada em maio de 2019, e a exclusiva netflix alemã Dark, iniciada em 2017, a franquia de RPGs ( Role Playing Game/ em tradução livre: jogo de interpretação de papéis) Fallout renderia mais obras na linha do holocausto nuclear, ao mesmo tempo que inovaria na fórmula e no tom.
O jogos de Fallout acontecem em um cenário pós-apocalíptico no século 22, mas sua história e arte foi grandemente influenciada pela paranoia nuclear que atacou os anos 50. O resultado é um mundo em ruínas, com bombas nucleares portáteis, humanos que sofreram mutação pela radiação, humor satirizando o positivismo da década de 1950 e muito jazz tocando ao fundo. Daria um filme no mínimo interessante, não?
O estúdio Rockstar conseguiu criar uma experiência definitiva de caubói fora-da-lei com a franquia Red Dead Redemption, já baseando-se fortemente em clássicos como os filmes de Sergio Leone e Sam Peckinpah, tornando os jogos uma experiência extremamente cinematográfica.
O cinema poderia fazer bom uso da força que os jogos de Red Dead Redemption tomaram para ressuscitar a glória do cinema de faroeste, com a violência e melancolia típica do gênero, mas com toques do humor nonsense característico dos games da Rockstar.
Considerada por muitos uma das histórias mais emocionantes do mundo dos games, The Last of Us conta a jornada de Joel, um homem amargurado por perder a filha, e Ellie, uma órfã. Ambos têm que sobreviver juntos enquanto atravessam um mundo destruído por um fungo que se apodera dos humanos, transformando-os em algo parecido com zumbis.
Mais do que uma narrativa emocionante, o jogo conta com elementos de terror, suspense e ação. Dosados da maneira certa, a adaptação pode resultar em um filme eletrizante, ainda que capaz de arrancar lágrimas dos espectadores assim como no jogo. Também não são poucas as comparações que os fãs fazem de Joel com o ator Gerard Butler e de Ellie com Ellen Page.
A parceria da Disney com o estúdio japonês Square Enix é até hoje um evento impressionante no mundo dos jogos. Misturar a fórmula dos RPGs japoneses da série Final Fantasy com a nostalgia dos personagens com as vozes originais, cenários e músicas do mundo de Walt Disney resultou em um dos crossovers mais ambiciosos já feitos e amados pelo público.
O jogo conta a história de Sora, um jovem alegre que se aventura por diversos mundos graças ao poder de sua espada em forma de chave, a icônica Keyblade. Ao longo de sua jornada, Sora faz aliados e inimigos com diversos personagens da vasta e crescente galeria da Disney, como Mickey, Donald, Pateta ou até o capitão Jack Sparrow.
Como a Disney já vem apostando alto na nostalgia com a leva de remakes live-action, um filme com os personagens clássicos interagindo entre si seria uma inovação bem-vinda nos cinemas, e uma que já aconteceu nos jogos de Kingdom Hearts, podendo servir de base para uma série de filmes. E a fórmula do crossover já se mostrou viável no cinema com filmes como Jogador Número Um e WiFi Ralph.
+++LISTA: 13 segredos de 'Ladrão', o terceiro disco do Djonga e um dos melhores de 2019
Viola Davis receberá o prêmio Cecil B. DeMille do Globo de Ouro
Jeff Goldblum toca música de Wicked no piano em estação de trem de Londres
Jaqueta de couro usada por Olivia Newton-John em Grease será leiloada
Anne Hathaway estrelará adaptação cinematográfica de Verity de Colleen Hoover
Selena Gomez fala sobre esconder sua identidade antes das audições
Liam Payne: Harry Styles, Zayn Malik, Louis Tomlinson e Niall Horan se despedem do ex-One Direction em funeral