Apesar de não ser querido por alguns fãs, o casal tinha uma conexão muito forte
Mariana Pastorello (sob supervisão de Yolanda Reis) Publicado em 03/05/2021, às 10h17
Muitos fãs de Friends acreditam que Chandler (Matthew Perry) e Monica (Courteney Cox) é um dos melhores casais da série. Porém, alguns defendem Janice (Maggie Wheeler) como par romântico de Chandler, mesmo com a risada aguda e as participações esporádicas.
Se assistirmos a sitcom com atenção, é possível observar a conexão entre os personagens. Após o fim do relacionamento, Chandler tenta negar a atração por Janice, mas, quando ela reaparece, os dois demonstram uma química forte.
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O site ScreenRant separou alguns momentos entre Chandler e Janice, provando como eles eram um ótimo casal. Confira:
Desde o primeiro encontro, o casal demonstrou uma grande conexão. Na primeira temporada, Joey (Matt LeBlanc) marca um encontro duplo e, pela primeira vez, Chandler e Janice se conhecem. Instantaneamente, criam um vínculo e passam uma ótima noite. Durante o encontro, Chandler percebe a personalidade forte - e a risada - de Janice, e mesmo assim, se diverte. É nítida a relação de amizade e admiração um pelo outro.
Outro momento de forte ligação acontece na segunda temporada. Após o fim do relacionamento, Chandler e Janice entram em um site de encontros. Sem a identidade revelada e após vários dias de conversa, marcam de se ver, e ficam espantados ao perceber serem o par romântico um do outro, evidenciando a atração entre eles.
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A personagem de Maggie Wheeler é conhecida pelo icônico bordão “OH! MY! GOD!”, com a voz aguda e a risada marcante. Porém, a personalidade de Janice era motivo de descontentamento entre os amigos de Chandler. Quando a personagem estava presente, Monica, Ross (David Schwimmer), Rachel (Jennifer Aniston) Joey e Phoebe (Lisa Kudrow) se mostravam irritados.
Mesmo com a constante reprovação dos amigos, Chandler nunca desistiu de dar chances ao relacionamento com Janice. Na terceira temporada, Janice se esforça para conquistar a amizade de Joey, amigo que mais a despreza, mostrando como se importa com Chandler e busca uma boa relação com o resto do grupo. A tentativa falha, mas prova como o amor dos dois supera os julgamentos alheios.
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Chandler é muito famoso pelo forte senso de humor. O personagem faz piadas infames e trocadilhos o tempo todo, e Janice também se mostra muito brincalhona. Na oitava temporada, Rachel está prestes a dar à luz quando encontra Janice na mesma situação. O grupo se surpreende com a coincidência e, questionada sobre o pai, brinca e diz ser Chandler. O casal não se relacionava há anos, mas Janice não poderia perder o momento de fazer uma piada com o passado entre os dois.
Ao longo do relacionamento entre os personagens, é notável a admiração e carinho entre eles. Na quarta temporada, o casal termina para sempre e, na tentativa de justificar o término, Chandler inventa uma viagem para o Iêmen. Preocupada, Janice dedica um bom tempo com Chandler e o acompanha até o aeroporto. Nesse episódio, é nítido o carinho entre eles, mesmo com o término, Janice demonstra os sentimentos e consideração pelo companheiro.
Além da parceria, Chandler e Janice conseguem lidar bem com as emoções e sentimentos um pelo outro. Na terceira temporada, Janice trai Chandler com o ex-marido, por quem ainda possuí sentimentos. Apesar de ficar abalado, Chandler decide terminar o relacionamento entre eles. Os dois entendem o valor de ter uma família unida e, Chandler, por ter pais divorciados, acredita que a melhor opção é Janice ficar com o marido.
Mesmo se amando, os personagens demonstram ter valores e pensamentos parecidos, ponto muito importante em um relacionamento.
Outro ponto muito marcante do casal é a honestidade. Na terceira temporada, Chandler e Janice demonstram problemas em assumir um relacionamento sério e medo de se comprometer. Mesmo assim, Chandler sugere que morem juntos. O convite assunta Janice, mas, após debaterem o assunto, falam “eu te amo” um para o outro e decidem ir com calma e aproveita cada fase do relacionamento.
Também na terceira temporada, Chandler conversa com Ross e Rachel sobre o relacionamento com Janice e desabafa sobre os abraços noturnos da parceira. Na tentativa de ter uma boa noite de sono, pergunta como se livrar dos abraços sem parecer rude, e Ross recomenda abraça-la de volta e rolar para o outro lado da cama. Quando Chandler coloca a técnica em prática, Janice acha engraçado e valoriza o fato dele tentar dormir bem e não machucar os sentimentos dela.
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No começo de cada ano, um objetivo: ler mais livros. Responsabilidades e prioridades interferem no dia a dia e as histórias ficam para trás. No entanto, é possível consumir bons contos sem recorrer a Ulysses (1922), de James Joyce ou Guerra e Paz (1867), de Tolstói. Bons livros podem vir em pequenas doses, e serem aproveitados naquele fim de semana separado especialmente para isso.
Selecionamos uma lista de seis livros curtos, mas ótimos, do clássico ao contemporâneo para ler em um dia:
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O Velho e o Mar - Ernest Hemingway (1952)
Depois de 84 dias sem pescar nada, o velho Santiago consegue fisgar um marlim gigante, o maior peixe que já viu. Passa três dias lutando contra o animal ao tentar trazê-lo para a praia, quer provar como ainda é um bom pescador, apesar da velha idade.
Durante o embate entre ele e o peixe, um monólogo interior de Santiago começa. Junto dele, vêm as dores, machucados, dúvidas e dificuldades para domar o peixe. Quando finalmente consegue, outro obstáculo aparece no caminho.
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O Velho e o Mar é um retrato do tempo do autor em Cuba e se tornou um clássico da literatura contemporânea. Após a publicação, Hemingway recebeu o prêmio Nobel de Literatura.
As Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino (1972)
Inspirado por Shakespeare e Hemingway, Calvino traz uma mistura entre realidade e ficção. Esse livro de menos de 200 páginas é uma conversa entre duas figuras históricas: Marco Polo, viajante veneziano, e Kublai Khan, governante do Império Mongol do Século XI.
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Nessa rede de textos curtos, Marco Polo descreve diversas cidades do império do conquistador pelas quais teria passado. Calvino explora o conceito de cidade e aspectos como memória, símbolos, nomes e desejos.
Não é uma narrativa histórica, é bastante ficcional, com anacronismos e reflexões filosóficas. É uma boa pedida para fãs da escrita de Calvino, a leitura parece a descrição de um sonho.
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A Filha Perdida - Elena Ferrante (2006)
Autora da Tetralogia Napolitana, Elena Ferrante conquistou leitores ao redor do mundo com o retrato cru e comovente da Itália. Nesta história, Leda começa aliviada por poder passar as férias sozinha, longe das filhas e das responsabilidades da maternidade.
Viaja ao litoral italiano e conhece Nina, mãe de Elena, quem, por sua vez, é mãe de uma boneca. Torna-se obcecada por elas. Angústias e segredos do passado começam a despertar.
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A Filha Perdida fala de maternidade, amizade, disputa feminina e conflitos entre gerações, temas comuns na obra da autora. Para quem tem curiosidade de conhecer a escrita envolvente e cativante de Ferrante, mas não quer encarar a série de quatro livros, é a escolha perfeita.
A Morte de Ivan Ilitch - Liev Tolstoi (1886)
O livro começa no funeral de Ivan Ilitch. Não é spoiler, o título revela. Depois, ao longo da novela, voltamos para acompanhar sua vida e carreira de maneira cronológica. Juiz de vida abastada, descobre uma doença terminal na Rússia do Século XIX. A partir de então, passa a refletir sobre a existência.
Em menos de 100 páginas, o escritor criou uma história de partir o coração. É uma das obras mais famosas de Tolstói e uma boa alternativa para quem quer começar os autores russos por livros mais curtos e acessíveis.
O bem-amado - Dias Gomes (1962)
Para quem gosta de teatro, essa peça é para dar altas risadas. O Coronel Odorico Paraguaçu é prefeito de uma cidade pequenininha chamada Sucupira e a personificação caricata da política brasileira.
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O objetivo de Odorico para ajudar na campanha política é inaugurar um cemitério. No entanto, um problema: precisa providenciar um morto em um vilarejo onde ninguém morre. Ora cômico, ora patético, O bem-amado é, acima de tudo, atual.
A Vegetariana - Han Kang (2007)
Dona de casa e mulher completamente banal, Yeonghye decide parar de comer carne abruptamente depois de um sonho. Então, começa a se distanciar da família — cujos poros, segundo ela, cheiravam a carne —, da sociedade e da própria humanidade. Tudo isso acontece em Seul, coração da cultura coreana e sua culinária muito baseada em produtos animais.
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A narrativa de Han Kang é dividida em três partes, cada uma com um narrador diferente, mas nunca a protagonista, mostra apenas como os outros a enxergam. É um livro inusitado, chocante e provocará pensamentos até muito tempo depois do término.
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