A série da BBC, uma das mais clássicas da história, tem 12 temporadas no serviço de streaming da Globo
Yolanda Reis Publicado em 30/03/2020, às 12h08
Globoplay, serviço de streaming de vídeo da Globo, tem um dos maiores títulos da história do audiovisual no catálogo: Doctor Who, da britânica BBC. Na plataforma brasileira, estão disponíveis as temporadas do “new Who”, a partir de 2005, até os episódios lançados em 2020.
Mas a série vai muito, muito além disso: a primeira temporada, oficialmente, é de 1963. Entre hiatos, pausas, filmes e “pulos”, é uma das mais antigas da história a ainda ser produzida - suas 38 temporadas vencem em “ficção” - o troféu, porém, é das 43 temporadas de Vila Sésamo, de acordo com o Observatório do Cinema.
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Doctor Who conta a história de Doctor, um extraterrestre da raça Senhor do Tempo. Ele viaja através do tempo e espaço, a bordo da T.A.R.D.I.S. (a dele tem formato de uma cabine policial dos anos 1960), e tem a mania de salvar planetas - principalmente a Terra, queridinha dele - de emboscadas aliens. Aqui estão sete motivos para você assistí-lo no Globoplay:
A extensão de Doctor Who desanima muita gente. Assistir quase 40 temporadas, as primeiras dos anos 1960? Trabalho difícil! E, também, desnecessário…
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Quando Doctor Who voltou do hiato em 2005, a BBC tomou o cuidado de dividir bem a história. Então, quem conhece a partir dessa temporada, consegue entender o personagem e a premissa. Eventualmente, claro, histórias antigas aparecem - são explicadas, a ponto da história antiga ficar clara até para quem não viu o “clássico Who.”
Uma das primeiras ficções científicas da história (surgiu antes de Star Trek e pouco depois de Além da Imaginação), Doctor Who tem uma história geral de tirar o fôlego. O protagonista, Doctor, é o último Senhor do Tempo - seres poderosos do planeta Gallifrey - vivo. Todos os outros morreram quando ele explodiu o próprio lar para colocar fim à Guerra dos Tempos e destruir os arqui-inimigos Daleks, impedindo, assim, o colapso do universo. Desde então, Doctor vaga sozinho pelo universo, a bordo da nave T.A.R.D.I.S. Eventualmente, tem companheiros humanos - mas sempre precisa se despedir deles, infelizmente - só causa dor.
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O personagem, em si, também é interessantíssimo. O primeiro ator a vivê-lo foi William Hartnel. Depois de três temporadas, quis sair - estava doente. Como não encerrar a série? Simples, apostar no aspecto alienígena. Os Senhores do Tempo têm poder de regeneração. Quando estão quase morrendo, trocam de corpo e personalidade - e dão início a alguém totalmente novo. Uma maneira divertida e inteligente de renovar o programa. Até agora, foram 12 Doutores.
A primeira temporada de Doctor Who foi ao ar em 1963. São quase 40 temporadas, uma porção de filmes, vários livros, dois spin-off… Material que não acaba mais. Sinal claro de como a série é boa: se a história não valesse a pena ser vista, não teria durado quase 60 anos, certo?
Além disso, é extremamente cultural - dá uma visão clara da Grã-Bretanha; é uma variação divertida das séries e filmes de Hollywood, nas quais, incrivelmente, nenhum outro lugar do planeta é atacado por aliens. Tem, em si só, diversos elementos importantes da cultura pop, também, como a T.A.R.D.I.S, os Daleks, Cyberman e mais.
Outra parte interessante da viagem no tempo são as possibilidades de explorar a história real… Mas com um pouco de aliens. Vincent and the Doctor, episódio da temporada 5 com Van Gogh, é um dos exemplos mais famosos: e se o pintor, tido como doido, fosse só atormentado por uma criatura intergaláctica invisível? Há, também, episódios com William Shakespeare (um extraterrestre invadiu a mente dele para criar histórias), Agatha Christie (uma vespa gigante atacando aristocratas!) e em Pompeia.
Há uma brincadeira recorrente na internet de que todo ator britânico esteve em Harry Potter ou Doctor Who. De vez em quando, em ambos: o caso de David Tennant, 10º Doutor e Bartô Crouch Jr. na produção de J. K. Rowling. Um episódio - Dinosaurs On a Spaceship - traz, juntos, Mark Williams (Sr. Weasley) e David Bradley (Sr. Filch).
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Diversos outros astros estiveram em Doctor Who. É o caso de Karen Gillan, Amy Pound na série e agora estrela de Jumanji; Freema Agyeman, intérprete de Martha Jones, é protagonista de Sense8 e New Amsterdan. Há “repetecos” de outras produções britânicas, também, como Skins e Downtown Abbey.
Além dos atores, há os autores. Grandíssimos nomes da literatura colaboraram em Doctor Who. Douglas Adams, escritor do Guia do Mochileiro das Galáxias, participou de alguns episódios (inclusive, o terceiro livro da saga era, primeiro, um episódio para a série). Neil Gaiman (Deuses Americanos, Coraline, Sandman) também escreveu roteiros para o programa.
Impossível assistir Doctor Who sem encontrar um ou outro meme bastante conhecido. Um dos mais conhecidos é a cena de Doctor, triste, parado na chuva. É quase conflitante: você quer rir, mas o momento devastador mostra o personagem abandonando Donna Noble, uma de suas companheiras mais queridas, sabendo que ela nunca se lembrará dele (e eles nunca mais se verão). Em tantas temporadas, é divertido “caçar” referências conhecidas.
Doctor Who é aquela série para toda a família. Tem episódios para todos os gostos: alguns, engraçados e divertidos; outros, uma aventura épica; eventualmente, deixará você com medo de dormir durante a noite. Ficção científica, história, terror: é tudo.
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Além disso, inspirou diversos spin-off; os mais famosos são The Sarah Jane Adventures, voltado para um público mais infantil, foi ao ar entre 2007 e 2011, quando Elisabeth Sladen, atriz principal, morreu. Torchwood é outra produção bem conhecida - mostra uma equipe na Terra investigando casos aliens, e tem um tom bem mais adulto do que qualquer outra parte de Doctor Who.
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