Ao longo da saga, a personagem revela ser uma pessoa justa, uma amiga verdadeira e uma bruxa destemida
Julia Harumi Morita Publicado em 22/09/2019, às 12h00
O que seria do trio de ouro de protagonistas de Harry Potter sem Hermione Granger? A resposta é fácil, nada. Como disse o próprio Rony Weasley no sétimo filme da franquia, ele e Harry Potter não durariam dois dias sem ela. A verdade é que sem a bruxa, os dois amigos, provavelmente, morreriam no primeiro ano em Hogwarts.
Hermione não é apenas a bruxa mais inteligente da idade dela, também é a personagem mais inspiradora de toda a saga. Ao longo da narrativa de J.K. Rowling e dos filmes da franquia, acompanhamos detalhadamente o desenvolvimento das diferentes camadas que compõem a personalidade dela.
Em diversos momentos a personagem demonstra ser uma pessoa autêntica, que não abandona os próprios valores de justiça e liberdade. A bruxa não hesita em expressar a opinião que tem sobre o mundo, ainda mais quando tem que partir para ação para defender a si mesma e os amigos.
Ao lado de toda essa determinação incansável, também vemos uma bruxa bondosa e altruísta, que sonha com um mundo melhor e mais humano, tanto para os indivíduos mágicos quanto para os não mágicos.
E é importante lembrar que estamos falando de uma personagem do mundo bruxo, ou seja, que vive em uma sociedade extremamente tradicional, em que criaturas mágicas são tratadas como propriedade e o preconceito é abertamente praticado sem nenhuma punição.
Até mesmo o mundo dos trouxas, que no início da saga está no ano 1991, estava longe de aceitar certos valores sociais, morais e políticos, que hoje são considerados básicos e fundamentais para uma sociedade igualitária.
Este contexto mostra que Hermione é, de longe, a personagem mais sensata, revolucionária e, com certeza, a mais inspiradora de toda a narrativa.
Confira 9 provas de que Hermione Granger é personagem mais inspiradora de Harry Potter:
Uma das frases mais marcantes da personagem é sobre a importância das amizades. No primeiro volume da saga, A Pedra Filosofal, Hermione diz: “Eu? Livros e inteligência. Tem coisas mais importantes que isso, como amizade e bravura”.
Para ela, a amizade é um vínculo para a vida inteira capaz de enfrentar um troll gigante, ir atrás de um fugitivo de Azkaban, contrariar autoridades, lutar contra Comensais da Morte, abandonar os estudos, apagar a memória dos próprios pais, viajar como fugitivos, falsificar identidades, suportar torturas e, por fim combater o bruxo mais perigoso do mundo.
A característica mais perceptível da personagem é a genialidade. Desde o primeiro ano de Hogwarts, Hermione mostrou ser a melhor aluna da classe, de praticamente todas as matérias que cursou. A estudante passava horas na biblioteca para aprender tudo o que estava ao alcance, sem se contentar com o que esperado para a idade dela.
Foi graças à inteligência de Hermione que o trio de amigos resolveu os enigmas do terceiro andar para pegarem a pedra filosofal, descobriu o mistério do basilisco e destruiu a primeira horcrux de Voldemort - só para citar alguns dos inúmeros exemplos. No Pottermore, site oficial de notícias, artigos e curiosidades sobre Harry Potter, existe uma lista de todos os momentos que Harry e Rony não teriam sobrevivido sem Hermione. Acesse a lista aqui.
Nossa querida Mione era uma defensora devota das minorias. Ela defendia o direito dos nascidos-trouxas serem tratados da mesma forma que os bruxos de ‘puro-sangue’ e a liberdade das criaturas mágicas. Em O Prisioneiro de Azkaban, a heroína volta no tempo e salva o hipogrifo Bicuço da injusta sentença de morte.
O ativismo da bruxa também aparece no quarto livro da saga, O Cálice de Fogo, quando ela cria o FALE, Fundo de Apoio à Liberdade de Elfos, depois de ver a crueldade com que as criaturas são tratadas. Entre os objetivos da personagem estava “obter para os elfos um salário mínimo justo e condições de trabalho decentes. A longo prazo, os nossos objetivos incluem mudar a lei que proíbe o uso da varinha e tentar admitir um elfo no Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, porque eles são vergonhosamente sub-representados.”
A inteligência de Hermione a salvou ela e os amigos muitas vezes. Mas o que faz dela uma verdadeira heroína é a coragem para lutar e se defender. Em O Prisioneiro de Azkaban, a bruxa e dá um soco na cara de Draco Malfoy, após ser constantemente chamada de 'sangue-ruim' durante os dois primeiros anos de Hogwarts.
Mais tarde, vemos a personagem vingar os alunos torturados pela professora Dolores Umbridge, a levando para floresta e a entregando para os centauros. Hermione faz questão de lutar na segunda guerra bruxa e ainda vai ao encontro da cobra Nagini, para destruir a penúltima horcrux.
Hermione também era feminista - e muito. Nas amizades e, principalmente, no relacionamento amoroso com Rony, a bruxa construiu o próprio espaço de independência dentro das relações. Além disto, ela não se prendia aos estereótipos impostos às mulheres. No volume mais romântico da saga, O Cálice de Fogo, a personagem é umas das poucas pessoas que não busca por um acompanhante para o baile de inverno.
E é se mantendo fiel à personalidade dela que a bruxa é convidada pelo famoso jogador de quadribol, Viktor Krum. No baile, Hermione encanta todos com a beleza dela e confronta Rony ao ser menosprezada: “Da próxima vez que houver um baile, me convide antes que outro garoto faça isso, e não como último recurso!” Vale lembrar que três anos mais tarde, é ela quem toma a atitude de ir até Rony e fazer o primeiro beijo do casal acontecer.
Hermione não tinha medo de expor a opinião dela, por mais intimidadora e petulante que ela aparentasse ser para os outros. Nas aulas, ela mostrava segurança em ser a primeira a responder às perguntas dos professores ou demonstrar insatisfação com o método de ensino. Em A Ordem da Fênix, ela questiona a autoritária Dolores Umbridge: "Eu tenho uma dúvida sobre os propósito do curso [...] Não há nada escrito sobre o uso de feitiços de defensivos [...] Claramente todo o objetivo de Defesa Contra as Artes das Trevas é praticar feitiços defensivos?."
Perfeccionista - e obviamente virginiana - A bruxa não poupava os amigos das correções, como quando explicou a pronúncia correta o feitiço Leviosa para Rony. Ou quando ela chama atenção de Harry e dá aquele conselho direto - enquanto bate nele com um pergaminho - sobre Romilda Vane só estar interessada nele, porque ele é o herói escolhido.
O que torna Hermione uma personagem extraordinária são a diferentes camadas criadas por J.K. Rowling nas obras. O prestígio e o destemor não a transformam em uma pessoa prepotente e insensível. Não, pelo o contrário, ela demonstra honestamente os sentimentos e não tem medo de ser diminuída pela fraquezas que possui.
Durante a saga vemos Hermione lidar com as mais diversas decepções e emoções, como as dificuldades individuais dela para ser aprovada em Poções e todas as vezes que não conseguiu defender os animais dos maus tratos. Outra grande questão emocional da personagem é o amor. A bruxa debulha em lágrimas quando ouve Rony fazer uma piada com ela, insulta o Bichento, a destrata no baile e a deixa no acampamento da floresta, em As Relíquias da Morte.
Na saga, elfos e bruxos com ‘sangue-puro’ usam o termo ‘sangue-ruim’ para diminuir Hermione e todos aqueles que nasceram no mundo não mágico. Mas, em nenhum momento a personagem se desculpa ou se menospreza por ser uma nascida-trouxa, nem mesmo quando é torturada por Bellatrix Lestrange e tem o insulto escrito com uma faca no braço.
Em As Relíquias da Morte, Hermione se rebela contra a expressão segregacionista quando tenta convencer o duende Griphook à ajudar o trio derrotar Voldemort. Durante a discussão ela dispara: “Eu sou caçada tanto quanto qualquer duende ou elfo, Griphook. Eu sou uma sangue-ruim. E com orgulho!”.
O senso de justiça da personagem é admirável. À primeira vista, ela pode aparentar ser uma sabe tudo que segue rigorosamente as normas, mas essa impressão só se mantém até o 10º capítulo do primeiro livro. Com o passar do tempo, Hermione percebe que, às vezes, o único jeito de conquistar um direito é ir contra às autoridades e as leis.
E ela quebrou as normas inúmeras vezes. Junto com Harry e Rony, Hermione se aventurou por lugares proibidos, realizou ilegalmente feitiços e poções, infringiu as leis de viagem no tempo. Foi ela quem sugeriu a criação da Armada de Dumbledore e liderou a invasão ao banco de Gringotts. Para falar a verdade Hermione gosta de quebra as regras, tanto que J.K. Rowling disponibilizou no Pottermore uma lista com todas as vezes que a bruxa secretamente gostou de fazer isso. Acesse aqui.
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