O baterista Connor Hanwick afirma que o segundo disco deve sair até o final do ano; banda se apresenta em São Paulo na próxima quinta, 31
Por Patrícia Colombo Publicado em 29/03/2011, às 13h17
Os integrantes do The Drums se tornaram conhecidos no ano passado, com o lançamento do disco homônimo e uma série de apresentações em diversos festivais internacionais. O ex-quarteto e agora trio - composto por Jonathan Pierce (vocal), Jacob Graham (guitarra) e Connor Hanwick (bateria) - ainda teria tempo para aproveitar os bons ventos do CD de estreia, mas já está preparando o segundo álbum, que deve sair até o final do ano. Enquanto trabalha em novas músicas, a banda vem ao hemisfério sul para apresentação no Lollapalooza Chile, no dia 3 de abril, antes passando por São Paulo, para show no Estúdio Emme, na próxima quinta, 31.
Formado no Brooklyn, em Nova York, o grupo foi uma das revelações do indie rock em 2010, com o lançamento de The Drums, álbum que vai além da suave e divertida "Let's Go Surfing" (hit que já integrava o primeiro EP deles, Summertime!, lançado em 2009). Grande parte das faixas da banda conta com a mistura agridoce de melodias alegres, capazes de motivar até os mais tímidos a dançar, e letras com temáticas tristes e sombrias. "Nossas músicas não são necessariamente felizes", explica Connor Hanwick, em entrevista por telefone à Rolling Stone Brasil. "As composições do Jonathan são bastante mórbidas e melancólicas, e gostamos do contraste delas com a melodia. Achamos que soa mais interessante."
O baterista afirma que a fórmula deverá permanecer a mesma para o próximo trabalho. "O disco não será tão diferente do nosso primeiro, preferimos nos manter fazendo aquilo em que somos bons", acredita. O trio tem trabalhado em gravações desde janeiro e Hanwick diz que há planos para que o lançamento ocorra ainda em 2011, uma vez que 75% do álbum já está pronto.
Ainda sem título (Hanwick afirma que existem dúvidas quanto ao nome que será escolhido para o trabalho), o segundo álbum do Drums trará uma nova formação, já que a banda não conta mais com o guitarrista Adam Kessler - que decidiu dar tchau aos companheiros em setembro de 2010 (para alguns shows da turnê norte-americana que estava sendo realizada na época foi convocado Tom Haslow, amigo dos músicos). O baterista comentou sobre a saída de Kessler, sem esconder o pesar em seu tom de voz: "Foi muito triste, acho que ele tinha planos para a vida dele que eram diferentes do que estávamos fazendo. Fazer turnê e ficar viajando é bastante difícil e acho que, quando começamos, ele não imaginou que seria desse jeito". Ele complementa que "a banda hoje sou eu, Jonathan e Jacob", dando a entender que, pelo menos por enquanto, não existe a ideia de convocar um novo nome para o posto de membro permanente.
Primórdios
A biografia do Drums é curta em termos de atividade musical, mas extensa no que se refere às relações de amizade dentro do grupo - sobretudo entre Jonathan Pierce e Jacob Graham. A dupla se conheceu na infância, em um acampamento nas férias de verão, e desde então passou a trocar correspondências (Pierce vivia em Nova York e Graham em Ohio), compartilhando informações sobre bandas e música em geral. Os anos passaram, eles se encontraram na Big Apple, formaram seu próprio grupo e conheceram Hanwick por meio de amigos em comum. "Eles me perguntaram se eu gostaria de participar de alguns shows e eu topei", recorda o baterista.
Quando o assunto remete às influências musicais do Drums e à semelhança com grupos já consagrados, duas bandas são comumente citadas pelos ouvintes: The Smiths e The Cure. E Hanwick não nega o amor pelo som britânico oitentista. "São bandas que nos inspiraram sim, grupos que escutamos muito quando éramos crianças", confirma. Quanto ao gênero musical preferido, ele cita o pop, evidente na sonoridade do grupo. "Somos grandes fãs e consumidores desse tipo de música e acredito que nossa influência fundamental sempre foi o pop. Estruturas, fórmulas e regras."
O público brasileiro poderá aguardar um show divertido, já que o Drums é conhecido também por suas performances animadas, sustentadas por uma fina ironia a alguns grupos da cena alternativa. "Na época em que estávamos começando, havia bandas que agiam como se fossem legais demais para estarem lá tocando. Queriam mostrar que não ligavam para o fato de estarem lá. E aquilo passava da banda para o público [que começava a se comportar da mesma forma]", comenta. "Essa energia nossa no palco, de certa forma, era uma maneira mesmo de tirar uma onda com aquilo."
Os ingressos para a apresentação do Drums no Brasil já se encontram em seu terceiro lote, à venda pelo valor de R$ 120 no site da Livepass, na bilheteria Estúdio Emme ou por telefone. Veja as informações abaixo:
The Drums
31 de março, a partir das 21h
Estúdio Emme (Rua Pedroso de Moraes, 1036)
Ingressos: R$ 120 (3º lote)
Vendas pela internet: www.livepass.com.br
Vendas pelo telefone: 11 4003 1527
Bilheteria: segunda a sábado, das 15h às 22h.
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