Mesmo que não tenha tido uma grande bilheteria no mercado internacional, filme é bom para rir despreocupadamente
Bruna Veloso Publicado em 18/05/2018, às 18h26 - Atualizado em 21/05/2018, às 12h34
Por volta das dez horas de uma noite na cidade de Atlanta, Estados Unidos, um carro invade uma mansão. Seis pessoas descem do veículo e olham pela janela da casa, cujo quintal é adornado por carros esportivos milionários. Um misto de adrenalina e medo toma conta dos visitantes inesperados, e também de quem assiste à cena. O sexteto é formado pelo sempre engraçado Jason Bateman, pela igualmente cômica Rachel McAdams e por Lamorne Morris, Kylie Bunbury, Billy Magnussen e Sharon Horgan. Os espectadores são um grupo de pessoas que assistem a tudo: jornalistas que, apesar do senso de realidade impresso na situação, presenciam meramente a filmagem de uma sequência de A Noite do Jogo, que estreia este mês.
“Mera” é uma palavra que talvez não faça jus ao longa dirigido por John Francis Daley e Jonathan Goldstein, roteiristas de Homem-Aranha: De Volta ao Lar. As cenas de ação de A Noite do Jogo, comédia que além de estrelada por Bateman é também produzida por ele, são grandiosas – apesar do absurdo inerente a produções do gênero, mantêm o pé no chão o suficiente para que as risadas se sobreponham a qualquer sensação do tipo “isso jamais aconteceria na vida real”. “Acho que o nosso trabalho em Homem- Aranha ajudou, porque era uma boa mistura de comédia, realidade e ação”, explica Daley durante uma pausa nas filmagens, ocorridas no segundo trimestre de 2017. Certamente ajudou: a produção tem a medida adequada de verossimilhança e loucura.
Max (Bateman) e Annie (Rachel) são um casal ultracompetitivo que promove noites de jogos de charadas e de tabuleiro. Em um desses eventos, com a presença dos amigos e do irmão de Max (Brooks, interpretado por Kyle Chandler), eles se vêm em uma série de acontecimentos violentos, que, a princípio, acreditam ser apenas parte da jogatina – descobrem, mais tarde, estar envoltos por uma rede de criminosos. “Mesmo sendo tudo encenado, é assustador fazer uma cena de perseguição. Você sente o coração a mil. Eu amo isso. Quando tem essa coisa física, a gente se sente mais livre”, afirma Rachel, que, apesar de ter comédias no currículo, é mais conhecida por trabalhos dramáticos, como Spotlight: Segredos Revelados. Segundo Goldstein, ela era o primeiro nome da lista para o papel de Annie. “Rachel é uma comediante nata”, afirma. “Muitos dos atores que estão nesse elenco não são vistos geralmente em comédias. Para a gente é muito interessante pegar atores acostumados ao drama. É mais surpreendente quando você vê essas pessoas em situações engraçadas.”
Bateman por pouco não trabalhou também como diretor. “Em algum momento percebi que o projeto seria mais bem feito se fossem outras pessoas na direção”, conta. Foi ele quem indicou os nomes de Daley e Goldstein, com quem trabalhou em Quero Matar Meu Chefe 1 e 2. Foi uma escolha acertada: a dupla, que se conhece desde 2001, liderou o time de maneira coesa. “A gente ensaiou um pouco em Los Angeles, antes de vir pra Atlanta”, conta Daley. “Foi importante criar uma conexão entre essas pessoas. É sempre chato quando você vai ver um filme e dá pra perceber que os atores se conheceram no primeiro dia de set.” Assim como os atores habituados ao drama deixaram de lado essa veia nos dois meses de filmagem, o espectador pode esquecer, por algumas dezenas de minutos, dos problemas do dia a dia e se deixar levar pela ótima química entre Bateman e Rachel. “Jason é um ator muito generoso, muito interessado em fazer todo mundo ter seu momento na tela”, resume Rachel. A mistura de comédia e suspense funciona e, mesmo que não tenha tido uma grande bilheteria no mercado internacional, A Noite do Jogo é um bom filme para rir despreocupadamente.
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