Filme aprofunda a discussão sobre a crença em divindades, mitologia, mortalidade e se existe ética na criação de inteligência artificial
Paulo Cavalcanti Publicado em 12/05/2017, às 18h10 - Atualizado em 14/05/2017, às 02h24
Em 2012, com o lançamento de Prometheus, a franquia Alien estava de volta e com o diretor Ridley Scott novamente no comando. Na época, ela ressurgiu na forma de uma prequel, mostrando as origens da terrível criatura que surgiu em Alien, o Oitavo Passageiro (1979) e acabou entrando na nave Nostromo, que tinha como tripulante a icônica Ripley (Sigourney Weaver). Prometheus dividiu opiniões – o filme foi acusado de ser muito “cabeça” e contemplativo. Mas agora, assistindo ao recém-lançado Alien: Covenant, também dirigido por Scott,, é possível entender muita coisa que foi relatada no filme anterior, que terminou com o androide David (Michael Fassebender) e Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) tentando entender o motivo de os aliens quererem acabar com a humanidade.
Agora, na nave Covenant, encontramos uma nova tripulação que deixa a terra com a finalidade de colonizar um planeta distante. Além da tripulação, a embarcação espacial carrega uma grande quantidade de colonos que estão hibernando. Depois de colidir com um asteroide, a nave é terrivelmente avariada. O capitão Jacob Branson (James Franco, em uma ponta) acaba morrendo. Quem assume o comando é o primeiro oficial Christopher Oram (Billy Crudup), um homem religioso que acredita que sua fé não vai abandonar a tripulação. A segunda no comando agora é Daniels (Katherine Waterston), esposa de Branson. Mesmo chocada com a morte do marido, ela segue pragmática e eficiente. Todos acham que ela seria mais gabaritada para conduzir a nave do que o hesitante Oram. E quem segura as pontas em meio a toda crise é o androide Walter (Fassebender), um “gêmeo” de David do filme anterior.
Depois do acidente, a nave nota um planeta desabitado, com as características similares à Terra. Oram decide descer, argumentando que eles poderiam se fixar lá mesmo, poupando a todos anos de uma viagem desconfortável. Daniels é contra e apresenta argumentos consistentes, falando dos possíveis perigos que poderiam enfrentar. Mesmo assim, a maioria desce, com o piloto Tennessee (Danny McBride) assumindo o comando da Covenant. “Não tem nenhuma vida aqui, nenhum tipo de animal”, nota Daniels. Mesmo sim, a princípio, fica a impressão de que todos chegaram a uma espécie de paraíso. Na verdade, o lugar é o inferno, conforme eles descobrirão.
Em termos de roteiro e execução, Alien: Covenant está muitos passos além de Prometheus. O novo filme tem uma atmosfera gótica, cuja fotografia sombria realça o clima opressor. Espere por muitas mortes sangrentas, seguindo a dinâmica dos “dez indiozinhos”, com cada integrante da tripulação sendo morto de uma forma singular e chocante. Este novo capítulo também aprofunda a discussão sobre a crença em divindades, mitologia, mortalidade e se existe ética na criação de inteligência artificial. Como este é um “capitulo do meio”, o desfecho não tem surpresas. Mas ao terminar o longa, o público vai ficar intrigado para saber o que vai acontecer no próximo filme, que fechará a nova trilogia e, assim, vai se conectar ao primeiro filme, lançado em 1979.
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