A artista lança o EP 7" com "Rise" e "It Ain't Water", a estreia na carreira solo
Redação Publicado em 20/05/2020, às 07h00
Alisson Mosshart é metade da energia criativa do The Kills. Aos 41 anos, a guitarrista, cantora e letrista passou metade da vida ao lado de Jamie Hince, tocando rock-alternativo-post-punk, e pouco mais de uma década com Jack White no The Dead Weather. Agora, alinhou um projeto solo às bandas.
Mosshart lançou no dia 9 de abril a faixa “Rise”, primeiro trabalho solo da carreira. Será o lado A de um LP 7” homônimo. Com estreia na quarentena, a faixa ganhou um clipe editado por Mosshart, em casa. É o novo hobby de lockdown:
“Precisava de um clipe, não podia ir para algum lugar, não podia encontrar ninguém e nem filmar com alguém. Então, pensei em dar uma chance para isso,” explicou, em entrevista para a Rolling Stone Brasil. Aproveitou algumas filmagens de um evento de lowrider, feitas em Los Angeles há alguns meses. Baixou o iMovie, aplicativo de edição de vídeo, e armou a câmera no próprio quarto para takes adicionais. Pronto; depois de quatro dias, havia ali um vídeo solo para o começo da carreira solo.
O lado B do EP é “It Ain’t Water,” composição feita por Mosshart há poucos meses - e uma das favoritas do acervo da cantora. É um contraste com “Rise”, pois essa tem sete anos de idade. Estava “engavetada” até a produção de Sacred Lies, série do Facebook Watch, contatar Mosshart para uma canção original. “Lembrei dela na hora. Ouvi de novo, e disse ‘não preciso escrever. Já está escrita.’ Toquei uma demo, gravada em 2013, e amaram.”
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A faixa era, inicialmente, uma composição para os personagens cantarem como parte do enredo. Mas, Alison Mosshart foi convidada para gravar a faixa ("em uma versão própria") para os créditos finais da produção. A gravadora Domino adorou, e quis lançar como single.
Alison gosta muito de “Rise”. Mas ama “It Ain’t Water”. “De vez em quando,” devaneia, “eu tocava ela para mim mesma. É uma dessas músicas mágicas que se escreve sozinha; terminei em cinco minutos. E simplesmente a amo. Amo tocar, amo cantar…” Foi a escolha óbvia, então colocá-la como lado B do primeiro EP solo:
“É uma das minhas favoritas,” completa. “Ainda tive a oportunidade de trabalhar com o incrível, brilhante Alain Johannes [Queens of the Stone Age]. Amo tudo o que ele faz: é um músico fenomenal, um produtor incrível, e uma pessoa maravilhosa. Ele é ótimo, fez eu me divertir no estúdio e amei a música.”
O entusiasmo de trabalhar com Johannes reflete a verdadeira paixão de Mosshart: trabalhar com alguém, mesmo se for na carreira solo. Porque, para ela, na verdade nem existe carreira solo: “Você nunca está sozinho no estúdio… E, se estiver, pode acabar bem perdido. É legal ter mais alguém com você, alguém para ouvir… Amo trabalhar em conjunto. Para meu EP, por exemplo, tive dois ótimos produtores que são músicos. É como se fosse uma mini banda diferente, todas as vezes. Não é uma missão solo!”
O melhor de “ter outra pessoa com ouvidos” ao lado é a adaptação e o aprendizado. Tenta variar sempre suas duplas, pois esse é o melhor método para aprender algo novo, expandir o processo criativo e gravar músicas de tantas maneiras. “É sempre como entrar em um mundo diferente, você sempre sai de lá com algo novo.”
Os aprendizados constantes alimentam um moinho na mente de Mosshart. Cada nova música é um novo pedaço dela - e algo a ser levado para os futuros trabalhos. Por isso, está sempre se estendendo para novos lados, tocando lugares improváveis. Mesmo o que está em andamento - como o novo disco do The Kills - pode mudar nas mãos dela. Então, quando questionada sobre os projetos atuais, riu e não quis responder:
“Não posso [falar nada sobre] [risos]. Eu e Jaime escrevemos um monte de música - depois, dividimos tudo um com o outro. Por enquanto, estamos na fase das demos, e isso significa que, até a hora de vocês ouvirem, ainda vai mudar muito! Fico bem feliz com tudo o que fiz, e muito animada… Mas só posso dizer isso! Odeio falar de álbuns antes do lançamento, porque vou voltar atrás em absolutamente todas as palavras que falei sobre ele [risos]. Eu me conheço…”
Isso, claro, resume toda a personalidade musical de Alison Mosshart: livre, espontânea, constante. Até o lançamento de “Rise,” por exemplo, ela nem sabia que teria uma carreira solo. Só aconteceu: “Não existia uma agenda para música sozinha, sabe? Só faço esse monte de projeto dessa maneira, e a não ser que você assista o programa ou o filme, você nem vai saber disso. Mas fiquei muito feliz as pessoas poderem ouvir isso.”
Ouça, abaixo, “It Ain’t Water” - “Rise,” primeiro lançamento do EP, encontra-se acima. Com estreia prevista para 31 de julho, o vinil está em pré-venda no site da Domino Music:
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