Sem inovações tecnológicas, Amazon insiste em geração acostumada com lojas de discos
Amy X. Wang / Rolling Stone EUA Publicado em 12/07/2019, às 15h40
Quando a Amazon estreou seu solitário serviço de streaming de música em 2016, o negócio da música o classificou apenas como um clone de Spotify que chegou tarde demais no negócio. Mas os esforços da companhia de e-commerce, de modo quase escondido, começaram a crescer e virar um dos maiores da indústria.
Dias depois da Amazon ter chamado Taylor Swift, SZA e Dua Lipa para um show importante, o Financial Times reportou que o número de pessoas com subscrições no Amazon Music Unlimited - que completa a opção mais limitada oferecida pelo Prime Music - cresceu 70% no último ano. Enquanto o Spotify, que domina o negócio em número de inscritos , teve um crescimento em subscrições de apenas 25%. Mark Mulligan, analista de música da Media Research, comentou com o FT que o Amazon Music é a “zebra” dos serviços de streamings e pois as pessoas “não prestam tanta atenção nele [quanto prestam na Apple e Spotify], mas ele foi muito efetivo.”
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E por que a Amazon cresceu tanto?! Eles não vão atrás da parcela demográfica óbvia dos jovens fãs de música, muitos dos quais já são leais ao Spotify e Apple Music. Ao invés disso, eles focam em clientes mais velhos, especialmente aqueles que ficam no limbo entre a geração-loja-de-discos e os jovens streamers. De acordo com o Media, somente 5% dos usuários do Spotify tem 55 ou mais anos de idade, em um contraste de 14% da Amazon.
Amazon entende o valor de receber esses clientes perdidos no meio da estrada - aqueles que usam o streaming ocasionalmente, as pessoas que ligam bem mais para ouvir música em seus rádios - e posicionou seu serviço como uma vantagem no lugar de inovação. Uma subscrição na Amazon Music Unlimited, nos EUA, tem três preços e três medidas: US$ 10 por mês, ou US$ 8 para membros premium, e US$ 4 para pessoas que só ouvem em dispositivos Echo (torre-assistente da Amazon), fazendo com que seja mais fácil, mais conveniente e mais barato, já que mais de 100 milhões de pessoas dos EUA assinam o Amazon Prime.
Enquanto os outros competidores lutam para se diferenciar uns dos outros com novos programas ousados ou super interativos, os executivos da Amazon admitiram que a Amazon Music, tanto no modelo Prime quanto Unlimited, é simplesmente um “serviço de música mainstream para os fãs mainstream de música.” Não é nada visionário, mas funciona - e bem demais, aliás.
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