As manifestações contra o racismo e a violência policial tomaram conta dos EUA após a morte de George Floyd
Rolling Stone EUA Publicado em 05/06/2020, às 13h16
O hit clássico do N.W.A. contra a violência policial, “Fuck tha Police”, é apenas uma das diversas músicas de protesto - que incluem “This Is America”, do Childish Gambino; “FDT”, do rapper YG e “Alright”, de Kendrick Lamar - que dispararam em audiência nas plataformas de streaming durante a última semana após manifestações por George Floyd tomarem conta dos EUA.
“Fuck tha Police” se tornou o som dos protestos contra o racismo e teve um crescimento de 272% nas reproduções nas plataformas de streaming quando comparamos o período do dia 27 de maio a 1 de junho com os cinco dias anteriores à morte de Floyd. As informações são da Alpha Data, o provedor de dados analíticos utilizado nas paradas da Rolling Stone EUA.
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A música disparou precisamente entre o domingo, 31, e segunda-feira, 1, quando foi reproduzida 765 mil vezes. Este número é cinco vezes maior do que a quantidade de streams dos mesmo dias antes dos protestos.
Em 2015, a canção foi alvo de um movimento semelhante que ocorreu na cidade de Ferguson depois de Michael Brown, um jovem negro de 18 anos, levar pelo menos seis tiros do policial branco Darren Wilson, segundo informações do G1. Mesmo assim, os números atuais são duas vezes maiores do que os de cinco anos atrás.
Enquanto isso, ‘This Is America” se tornou viral no TikTok no último mês, quando adolescentes começaram usar a música em vídeos sobre a desigualdade racial, os quais foram inspirados pelo caso de Ahmaud Arbery, um homem negro de 25 anos mortos após ser perseguido por cidadãos brancos armados no mês de fevereiro.
O hit de Gambino teve um aumento de 149% no mesmo período de análise de “Fuck tha Police”. Outras canções que cresceram nas plataformas de streaming foram: “Alright” (+71%), do Kendrick Lamar; “Fight the Power” (+89%), do Public Enemy; “The Charade” (+122%), do D’Angelo and the Vanguard; “Don’t Die” (+542%), do Killer Mike; e “Freedom” (+70%), da Beyoncé.
Músicas mais antigas, como “Say It Loud — I’m Black and I’m Proud”, do James Brown, e “I Wish I Knew How It Would Feel to Be Free”, de Nina Simone, apresentaram um aumento de 455% e 34%, respectivamente.
Em 2016, a Rolling Stone EUA perguntou para Ice Cube, do N.W.A., como é ver tantos homens negros desarmados serem mortos pela polícia quase 20 anos depois do lançamento de “Fuck tha Police”.
“Me faz sentir como um homem negro. É isso que me faz sentir - o mesmo de sempre. Como uma pessoa negra, sempre parece que existe uma guerra sobre nós. É apenas terrível" disse Ice Cube.
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