A banda toca em São Paulo nesta quinta, 23
Ana Luiza Ponciano Publicado em 23/08/2018, às 14h34 - Atualizado às 14h41
De Maryland, um pequeno estado dos Estados Unidos, para o mundo, o Animal Collective existe oficialmente como banda desde os anos 2000. Mas desde muito antes disso, os integrantes Avey Tare, Panda Bear, Deakin e Geologist se reúnem (às vezes com outros músicos) e são responsáveis por fazer as experiências mais psicodélicas e experimentais da música dos últimos anos. A Rolling Stone Brasil conversou com a banda, que contou mais sobre o novo disco e o rumo que o grupo tem tomado nos últimos anos. Os norte-americanos tocam em São Paulo nesta quinta, 23, depois seguem para o Rio de Janeiro, como parte do Queremos! Festival (25/8), Belo Horizonte (26/8) e Porto Alegre (28/8).
No seu álbum novo, Tangerine Reef, dá para perceber que há sons bem parecidos com o dos discos mais antigos, mas acho que há muito mais... O que vocês podem me dizer sobre isso?
Não tenho certeza. Talvez a semelhança com álbuns mais antigos venha da minha guitarra elétrica. Acho que como foi uma colaboração com artistas visuais, fomos empurrados para novos domínios de som com base no conteúdo visual. Acho que sempre fomos muito aquosos e tínhamos uma conexão com sons aguados, então acho que está realmente chamando atenção e se expandiu para algo novo. É também um disco muito mais solto do que outros álbuns recentes.
Qual foi a principal influência quando você estava gravando o último álbum?
O coral marinho. Eu acho que é incrível poder lançar luz sobre os mistérios da Terra e para a maioria eu acredito que o coral é um deles. Eles são estas criaturas quase alienígenas que vivem no nosso planeta. Vale a pena conferir.
Sempre tenho a impressão de que o Animal Collective é tão diferente de tudo que conhecemos, você também sentiu isso? Isso foi intencional desde o começo?
Eu acho que a maioria das bandas únicas têm mais a ver com algum tipo de conexão que temos um com o outro. E nossa abertura para deixar cada um de nós realmente fazer o que queremos. Todos temos diferentes sensibilidades musicais, mas de alguma forma funciona.
A banda está formada há um bom tempo. Vai ficando mais fácil trabalhando juntos?
Eu acho que como todas as facetas da vida, vem em ondas e pode ser muito imprevisível. Algumas músicas e alguns registros se encaixam muito facilmente. Alguns não. Tanta coisa está envolvida atualmente. Mas nós ainda amamos tocar juntos e isso é o melhor que podemos esperar, suponho.
Quão distante discos como Feels e Sung Tongs estão agora para você?
Eu digo que eles estão bem longe. Esses discos parecem algo feito pelo meu eu mais novo. Muita coisa aconteceu desde que esses discos foram feitos e nós mudamos muito como banda e como indivíduos.
Como viver em diferentes partes do mundo torna sua música mais rica?
Definitivamente contribuiu para o nosso som e processo. Funciona tão bem para nós que não consigo imaginar fazer de outra maneira. Eu digo que a parte mais complicada é permanecer sempre na mesma página.
Vocês têm uma química tão singular, acham que as coisas são diferentes quando outras pessoas fazem participações na banda?
Definitivamente. Somos um grupo muito insular, até mesmo para a nossa equipe de turnês. Temos uma amizade e uma maneira tão antiga e específica de trabalhar uns com os outros que pode ser difícil adaptar-se à maneira de trabalhar de outro músico. Mas nunca nos deparamos com nenhum desastre, então é sempre uma experiência recompensadora.
Animal Collective no Brasil
São Paulo
Quinta, 23 de agosto, às 22h
Fabrique Club – Rua Barra Funda, 1071 – Barra Funda – São Paulo
Ingressos: A partir de R$ 90, pelo site da Ticketload
Rio de Janeiro
Sábado, 25 de agosto, às 14h
Marina da Gloria – Infante Dom Henrique – Gloria – Rio de Janeiro
Ingressos: A partir de R$ 160, pelo site da Evenbrite
Belo Horizonte
Domingo, 26 de agosto, às 19h30
Music Hall – Av. do Contorno, 3239 - Santa Efigênia, Belo Horizonte
Ingressos: A partir de R$ 80, pelo site do Queremos! Festival
Porto Alegre
Terça, 28 de agosto, às 21h
Bar Opinião – Rua José do Patrocínio, 834 – Cidade Baixa – Porto Alegre
Ingresso: A partir de R$ 92, pelo site da Blueticket
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