“Cada um tem um porquê para ir ao cinema”, diz a atriz, “se é só pelo sexo, você não precisa ver um filme de três horas. É mais fácil entrar no YouPorn"
Logan Hill Publicado em 06/12/2013, às 12h55 - Atualizado às 14h59
Sim, Azul É a Cor Mais Quente é um lindo filme francês sobre o primeiro amor, o despertar sexual e a obsessão. Mas o que você mais ouvirá falar a respeito será sobre a cena de sexo lésbico de cair o queixo, que tem duração de dez minutos e é protagonizada pela estrela principal do longa, a atriz francesa Adèle Exarchopoulos, 20 anos. “Cada um tem um porquê para ir ao cinema”, diz ela. “Se é só pelo sexo, você não precisa ver um filme de três horas. É mais fácil entrar no [site] YouPorn. O filme é sobre o amor.”
Embora Adèle tenha sido descoberta aos 12 anos por um diretor de casting em visita à escola em que ela estudava, Azul É a Cor Mais Quente, que estreia nesta sexta, 6, no Brasil, deu à atriz o maior papel da carreira dela: uma adolescente chamada, não por coincidência, Adèle, que se descobre indiferente aos avanços do garoto mais bonito da escola, e encantada com os abraços de uma estudante de arte mais velha e de cabelo azul. Em maio, o diretor Abdellatif Kechiche e as duas atrizes, Adèle e Léa Seydoux, subiram juntos ao palco para receber a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Desde então, Azul É a Cor Mais Quente esteve envolvido em uma série de escândalos. Julie Maroh, autora da graphic novel na qual o filme se baseia, culpou a produção por não incluir nenhuma lésbica verdadeira no elenco. Para piorar, Adèle e Léa deram a entender em uma entrevista que o comportamento do diretor chegou à beira do abusivo, e detalharam o desconforto ao filmar a tal cena de sexo por dez dias seguidos. Desde então, a opinião de Adèle sofreu uma mudança de 180 graus. “Abdellatif não é um tirano, é um criador”, diz ela. “Por exemplo, Apocalypse Now é um dos filmes mais lindos. Às vezes você pode sofrer fazendo um filme.”
Independentemente de como as militantes da igualdade de gênero julgarem o longa, Adèle é uma revelação inquestionável, um sentimento deixado claro pelo presidente do júri do Festival de Cannes, Steven Spielberg, quando a encontrou na festa pós-cerimônia. “Ele disse que havia sido uma das mais belas histórias de amor que já havia visto”, conta a atriz, com um sotaque pesado, “e que adorou os close-ups.”
Assista abaixo ao trailer de Azul É a Cor Mais Quente:
Alfa Anderson, vocalista principal do Chic, morre aos 78 anos
Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni
Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição
Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025
Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções
Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja