Após receber gramofone de Artista Revelação em 2025, cantora exigiu que empresas da indústria fonográfica ofereçam salário digno e assistência médica
Felipe Grutter (@felipegrutter)
Publicado em 14/02/2025, às 11h03"Eu disse a mim mesma que se eu ganhasse um Grammy e tivesse que me apresentar aqui diante das pessoas mais poderosas da música, eu exigiria que as gravadoras e a indústria, lucrando milhões de dólares com os artistas, oferecessem um salário digno e assistência médica, especialmente para os artistas em desenvolvimento," questionou Chappell Roan ao receber o Grammy 2025 de Artista Revelação no dia 2 de fevereiro.
"Porque eu fui contratada tão jovem — como menor de idade, e quando fui dispensada, eu não tinha nenhuma experiência de trabalho e, como a maioria das pessoas, tive dificuldade para encontrar um emprego na pandemia e não podia pagar um plano de saúde," relembrou na cerimônia do principal prêmio da música.
Foi tão devastador me sentir tão comprometidoa com minha arte e me sentir tão traída pelo sistema e tão desumanizada por não ter [assistência médica]. E se minha gravadora tivesse priorizado a saúde dos artistas, eu poderia ter recebido assistência de uma empresa para a qual eu estava dando tudo de mim. Então, as gravadoras precisam tratar seus artistas como funcionários valiosos com um salário digno e seguro saúde e proteção. Gravadoras, nós garantimos vocês, mas vocês garantimos a gente?
Então, cerca de duas semanas após a forte declaração de Roan, Universal Music Group (UMG) anunciou parceria com Music Health Alliance para lançar Music Industry Mental Health Fund, que fornecerá "recursos de saúde mental ambulatorial abrangentes e de alta qualidade para profissionais da indústria musical em todo o país," até para aqueles que deixaram a indústria.
Além de fornecer ajuda com recursos e recomendações, o projeto promete oferecer "subsídios para compensar custos," segundo comunicado à imprensa estrangeira (via Pitchfork). Antes, ao The Hollywood Reporter, o empreendedor musical Jeff Rabhan opinou como gravadoras não eram responsáveis ou competentes o suficiente para entregar as reformas sugeridas por Chappell Roan. O executivo sugeriu para a cantora "colocar [seu] dinheiro onde [sua] boca está."
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