Marcela Vale recententemente assinou com o selo StereoMono, de Miranda
Luciana Rabassallo Publicado em 29/09/2015, às 19h24 - Atualizado às 19h34
Em janeiro, a carioca Marcela Vale, de 29 anos, conhecida pelo pseudônimo Mahmundi, assinou com o selo StereoMono, do produtor musical Carlos Eduardo Miranda, para o lançamento do primeiro disco da carreira, que sucederá os EPs Efeito das Cores (2012) e Setembro (2013).
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“O trabalho está acontecendo de forma natural e tranquila. O olhar do Miranda é muito importante para agregar novas experiências sonoras”, conta a artista. “Eu sempre fiz a minha música sozinha, mas agora tenho uma equipe aperfeiçoando cada coisa que produzo”, diz, salientando em tom de empolgação: “Há outros artistas no selo, como Boogarins e Jaloo, nomes com os quais me identifico muito. Somos todos amigos e para nós não há espaço para o blasé. Com a gente, o trabalho é pesado”.
A história de amor entre Marcela e a música começou bem cedo, quando a cantora tinha 12 anos. “Nasci e cresci no bairro de Marechal Hermes, no Rio de Janeiro. Por lá, eu sempre frequentei a igreja cristã. Na pré-adolescência, ajudava nos cultos e comecei a desenvolver meu lado musical. Achava engraçado ver os meus amigos pagando cursos para aprender a parte teórica da música, enquanto eu adquiria conhecimento ouvindo as senhoras cantando os hinos”, relembra.
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Com o que aprendeu no gospel, Mahmundi migrou para trabalhos seculares, como técnica de som do Circo Voador, no Rio de Janeiro. Durante esse período, ela se formou em técnica de captação de áudio para televisão e cinema e trabalhou na produção de shows. O amor pelo processo criativo, contudo, a fez retornar para a arte que aprendeu sozinha quando criança. Foi então que adotou o apelido Mahmundi, que usava no MySpace para se corresponder com outros interessados em música.
“Foi a minha maior fonte de pesquisa na internet. Depois, eu achei bacana esse lance de não usar um nome próprio. As pessoas não sabem ao certo se [Mahmundi ] é banda, cantora ou projeto. A aura de mistério é algo que cerca a sonoridade minimalista de Marcela: “Meu trabalho sempre foi em prol da música. Nunca sobre mim ou relacionado aos meus sentimentos”.
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