Art Garfunkel sobre o recente reencontro com Paul Simon: 'Houve lágrimas'

'Eu estava chorando em um certo momento porque senti que o tinha machucado,' diz Garfunkel, que não se apresenta com Simon desde 2010

Artigo publicado em 4 de novembro de 2024 na Rolling Stone, para ler o original em inglês clique aqui.

Já faz quase uma década e meia desde que Paul Simon e Art Garfunkel se apresentaram no tributo do American Film Institute a Mike Nichols em Los Angeles. Desde então, Art Garfunkel enfrentou uma luta de quatro anos para recuperar sua voz após ser diagnosticado com paresia das cordas vocais, seguida por uma turnê norte-americana adiada de Simon & Garfunkel que nunca se concretizou, e a denúncia pública de Garfunkel contra seu antigo companheiro de banda.

No entanto, a longa disputa entre eles parece ter alcançado um ponto de cura. Em uma entrevista ao The Sun, Garfunkel compartilhou que se encontrou recentemente com Simon pela primeira vez em anos. Embora não tenha especificado o que os reuniu, sua descrição do reencontro foi positiva. "Foi muito, muito caloroso e maravilhoso", disse ele ao jornal. "Houve lágrimas. Eu estava chorando em certo ponto porque senti que o tinha magoado."

Tribalistas anuncia datas da turnê de 2018

“EVENTO OLÍMPICO”

A música do Deep Purple mais difícil de se cantar segundo Ian Gillan

Ele acrescentou que "houve abraços" e que estava "valorizando essa memória de duas semanas de um almoço" com Simon.

Quando perguntado se a dupla discutiu o período de grande sucesso nos anos sessenta — durante o qual lançaram as extraordinárias "The Sound of Silence" e as ganhadoras do Grammy "Mrs. Robinson" e "Bridge Over Troubled Water" (tecnicamente, 1970) — Garfunkel respondeu: "Não, nós não discutimos. Isso fala por si só."

"Gosto de pensar que sou um homem que tem muito amor", continuou, antes de acrescentar: "Eu amo todos."

O álbum de estúdio final de Simon & Garfunkel, o best-seller Bridge Over Troubled Water, foi lançado em 1970, o ano em que se separaram. Um breve reencontro em 1993 seguiu-se, e em 2003 eles se reuniram novamente para a altamente lucrativa turnê Old Friends. Após subirem ao palco no concerto de 25º aniversário do Rock & Roll Hall of Fame no Madison Square Garden em 2009, anunciaram uma turnê norte-americana em 2010 que estava programada para começar no Jazz Fest de New Orleans.

Então, em janeiro daquele ano, Garfunkel começou a sofrer sérios problemas vocais, levando a um cancelamento indefinido da turnê. Enquanto se apresentaram com "Mrs. Robinson" no tributo a Nichols alguns meses depois, a turnê ambiciosa foi arquivada. Depois que Garfunkel eventualmente recuperou sua voz, Simon aparentemente não estava mais a bordo para a turnê, levando Garfunkel a desabafar ao The Telegraph em 2015.

"Como pode você se afastar deste lugar sortudo no topo do mundo, Paul?" ele disse na época. "O que está acontecendo com você, idiota? Como você pode deixar isso ir, imbecil?"

Desde então, Simon anunciou sua aposentadoria das turnês em 2018 após confirmar sua perda auditiva em maio de 2023, e um mês depois, vendeu uma "participação substancial" de seus royalties de Simon & Garfunkel para a BMG em um acordo que supostamente fechou na casa dos oito dígitos. Em março de 2024, o grande compositor lançou In Restless Dreams: The Music of Paul Simon, um documentário refletindo sobre sua carreira de quase sete décadas. "As pessoas costumavam dizer: Oh, você tem o dedo no pulso," o músico de 82 anos diz no filme. "Não, eu não tenho meu dedo no pulso. Eu apenas tenho meu dedo lá... e o pulso está correndo por baixo dele."

Quanto a Garfunkel, o cantor e seu filho, Art Garfunkel Jr., estão prestes a lançar seu primeiro álbum juntos, Father And Son, em 8 de novembro. O álbum apresentará covers de "Blackbird" dos Beatles, "Time After Time" deMorre o lendário Phil Everly, do Everly Brothers, aos 74 anos
Cyndi Lauper, "Let It Be Me" dos Everly Brothers, e mais.

Ao discutir uma potencial reunião de Simon & Garfunkel no palco, o jovem Garfunkel disse à Rolling Stone em janeiro que "não descartaria isso."

"Eu acho que é possível. Isso sou eu dando um pouco de insight em algo que eu conheço melhor do que quase qualquer outra pessoa," disse Art Garfunkel Jr. "Acho que meu pai e Paul sempre serão melhores amigos. Há muito amor. Eles estão em contato. As coisas estão indo em uma boa direção, e acho que a possibilidade está lá."

Menu Rolling Stone Brasil

Art Garfunkel sobre o recente reencontro com Paul Simon: 'Houve lágrimas'

Leia também