Black Label Society, Bad Religion, Marilyn Manson e outros participaram do Sunset Strip Music Festival, em que a banda foi homenageada; "A Sunset Strip era um lugar mágico”, disse o baterista original do Doors John Densmore à Rolling Stone Brasil
Mayra Dias Gomes Publicado em 23/08/2012, às 11h53 - Atualizado às 12h26
Na última quinta, 16, a cidade de West Hollywood oficializou o dia 16 de agosto como Dia do Doors. A banda norte-americana iniciou sua carreira em meados dos anos 60 tocando nas casas de show London Fog e Whisky a Go Go, na Sunset Strip - rua mundialmente conhecida por sua importância para a música.
Este ano, o legado deixado por eles foi tema do Sunset Strip Music Festival, um festival que promove três dias de música em todos os clubes famosos da Sunset Strip. Na última data, o evento conta com shows no meio da rua. Durante os anos 60 e 70, a Sunset Strip tornou-se a casa de bandas como Led Zeppelin, The Doors e Frank Zappa. Nos anos 80, virou o centro da cena glam metal de Los Angeles, com Mötley Crüe, Van Halen e Guns N’ Roses.
Nic Adler, criador do festival e dono da casa de shows Roxy, disse que “já falávamos sobre fazer um festival dedicado à Sunset há dez anos. Há cinco, reunimos a Roxy, o Viper Room, o Whisky a Go Go e a House of Blues e conseguimos realizar a ideia. Este ano, estamos honrando uma banda que mudou o rosto da cidade e abriu a mente das pessoas", diz ele sobre o grupo liderado por Jim Morrison, morto em 1971. "Nos outros, homenageamos Ozzy Osbourne, Slash, Mötley Crüe os pais da Sunset Strip, Elmer Valentine, Lou Adler e Mario Maglieri.”
“Nos anos 60, as ruas estavam cheias de hippies e a Sunset Strip era um lugar mágico”, conta John Densmore, baterista original do Doors. “Quarenta anos depois, este lugar ainda é vibrante e comandado pela música”. Mesmo com relações cortadas com os outros membros da banda, o tecladista Ray Manzarek (que aparece na foto ao lado perto de Marilyn Manson) e o guitarrista Robby Krieger, Densmore compareceu ao tapete vermelho da cerimônia de abertura e falou sobre a importância de seus tempos com o Doors. Contudo, suas diferenças com os ex-colegas o impediram de subir ao palco da House of Blues para tocar os hits da banda. Matt Sorum, ex-baterista do Guns N’ Roses, tocou em seu lugar em um show repleto de nomes famosos.
Durante a comemoração, o prefeito de West Hollywood Jeffrey Prang falou sobre a decisão de dedicar um dia ao Doors. Artistas como Marilyn Manson, Billy Morrisson, (The Cult, Camp Freddy e Billy Idol), Matt Sorum (Guns N’ Roses, Velvet Revolver), Mark McGrath (Sugar Ray), Linda Perry, John Doe (X) e Dead Sara também subiram ao palco.
“Os Doors escreveram algumas das maiores músicas de rock que o mundo já teve. Quando as luzes se apagaram e a plateia começou a gritar, ouvi Robby Krieger começar a introdução de ‘Roadhouse Blues’, e percebi que aquilo era real”, falou Billy Morrison à Rolling Stone Brasil. “Assistir ao Ray Manzarek nos comandar com seu solo em ‘Light My Fire’ foi especial. Quando tocamos o riff de ‘Back Door Man’ com Robby e vimos Ray sorrindo, sabíamos que tudo que fizemos valeu a pena. Foi uma honra tocar com eles”.
Marilyn Manson também declarou seu amor à banda. “O meu primeiro show foi no Whisky a Go Go, e quando eu subi naquele palco pela primeira vez, só pensava no Doors. A primeira pessoa que me inspirou a começar a compor foi Jim Morrison. Estar aqui para homenageá-los é uma honra. Estou passando o fim de semana saindo com eles”.
O festival terminou com shows do Black Label Society, Steve Aoki, Offspring, Bad Religion e Marilyn Manson. Para encerrar as homenagens, Manson cantou “People Are Strange”, “Love Me Two Times” e “Five to One” ao lado de Ray Manzarek e Robby Krieger.
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