O ator Patrick Dempsey durante manifestação dos roteiristas de Hollywood, em 2007. - AP

Dez anos depois, roteiristas devem entrar em greve em Hollywood

96,3% dos membros do sindicato Writers Guild of America votaram a favor da paralisação das atividades

Redação Publicado em 25/04/2017, às 17h04 - Atualizado às 18h18

O Writers Guild of America (WGA), sindicato norte-americano que representa os interesses dos roteiristas que trabalham em cinema, rádio e televisão, anunciou, nesta segunda, 24, a autorização da greve contra os estúdios e produtores de Hollywood.

A declaração foi feita em uma carta aos membros da união, obtida pelo The Hollywood Reporter.

De acordo com o veículo, a greve terá início na próxima terça, 2, caso o sindicato não faça um novo acordo com a Alliance of Motion Picture and Television Producers (AMPTP) até a data. O contrato entre o WGA e a entidade que defende os interesses de produtores de cinema e televisão terá fim na próxima segunda, 1.

A decisão foi votada pelos membros da WGA e, de 6.310 votos, 96,3% foram a favor da paralisação. O número é ainda mais significativo que os 90.3% que decidiu pela última greve dos roteiristas em Hollywood, que aconteceu entre 5 de novembro de 2007 e 12 de fevereiro de 2008.

“Estamos comprometidos em chegar a um acordo que mantenha a indústria funcionando”, foi a frase dita ao veículo pelos representantes da AMPTP. “A greve em 2007 foi desfavorável para todos. Roteiristas perderam mais de $287 milhões, acordos foram cancelados, e muitos tiveram que pegar empréstimos”.

Mas, com apenas uma semana até o fim do contrato, chegar a um acordo parece uma realidade distante. Há duas semanas, os sindicatos tinham seus interesses separados por $355 milhões, com a reivindicação dos roteiristas por $535 milhões e com a oferta dos estúdios de $180 milhões.

De acordo com o The Hollywood Reporter, a última greve dos roteiristas custou algo entre $2.1 e $2.5 bilhões para a economia hollywoodiana.

O impacto da atual paralisação dependerá de sua duração, mas é notável que qualquer ação significativamente longa nessa indústria fará com que a audiência migre dos filmes e programas fictícios de TV para fontes alternativas de entretenimento, como programas jornalísticos e de esporte, ou para os meios virtuais, optando por vídeos veiculados na internet, aplicativos ou ainda por conteúdos disponibilizados em plataformas digitais, como a Netflix.

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