A dinâmica do filme mistura medo e nostalgia por filmes como Os Goonies e Conta Comigo
Paulo Cavalcanti Publicado em 07/09/2017, às 17h03 - Atualizado às 17h27
Os livros de Stephen King raramente decepcionam. Já o resultado dos filmes baseados na obra dele variam. Recentemente, tivemos o exemplo de A Torre Negra, que se mostrou muito abaixo da expectativa. Mas nesta quinta, 7, chega às telonas It: A Coisa, para resgatar o bom nome de King no campo cinematográfico.
Apesar de ser um dos livros mais populares de King, nunca houve adaptação para a tela grande desta história, lançada pela primeira em 1986. Mas, como todos se lembram, em 1990, It: A Coisa virou uma boa minissérie feita para a televisão, de forma que a história é bem conhecida: na pequena cidade de Derry, no estado de Maine, várias crianças começam a desaparecer misteriosamente. Um grupo de sete garotos, conhecidos como Losers’ Club, encara o medo para investigar o que está acontecendo. Descobre, então, que por trás de todo o horror está um palhaço grotesco chamado Pennywise, que caça criancinhas para transformá-las em refeição. A aparência de palhaço, contudo, é apenas um disfarce. Por trás de Pennywise há uma entidade maligna, que há muitos séculos é responsável por fazer toda sorte de coisas horríveis.
O diretor Andrés Muschietti já havia feito um bom trabalho no horror Mama (2013), estrelado por Jessica Chastain. Aqui, ele cria uma atmosfera de terror psicológico que revive os piores traumas da infância. O sangue não jorra tão facilmente como se poderia imaginar. O cineasta cria os sustos por meio de truques de iluminação e com uma edição certeira. Muschietti também extrai um belo trabalho do elenco mirim. Mas Bill Skarsgård, na pele de Pennywise é o que conta, e ele rouba a cena. Muita gente detesta palhaços, e Skarsgård, como o asqueroso Pennywise, já entra para o hall da fama como um dos mais detestados e temidos do gênero.
Algo que fica claro desde o início é que It: A Coisa é mais uma ode à década de 1980, algo cada vez mais recorrente na cultura pop atual. Toda a dinâmica do filme, mostrando jovens amigos que vão atrás do mal absoluto e acabam descobrindo uma coisa ou outra sobre a vida, é muito similar à de Os Goonies (1985) e Conta Comigo (1986, este também baseado em um conto de Stephen King). A turminha do filme tem senso de humor, interage bem e, o melhor, não se furta de desafiar as autoridades. Mesmo longo (135 minutos), It: a Coisa, com sua mistura de sustos e humor juvenil, é a melhor diversão para este feriado.
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