Relatório confirma que o cantor era vítima de vitiligo e usava peruca
Da redação Publicado em 11/02/2010, às 08h20
O resultado completo da autópsia do corpo de Michael Jackson foi revelado nesta terça-feira, 9, após a acusação formal do médico pessoal do cantor, Conrad Murray, por homicídio culposo. As informações são do site da agência Reuters, de Los Angeles.
A descrição da autópsia, realizada pelo Instituto Médio Legal de LA, no dia 25 de junho de 2009, mostra que o rei do pop sofria de "calvície frontal" e seus cabelos eram ligados a uma peruca. Com a retirada da aplicação capilar, os peritos notaram que ele tinha quase quatro centímetros de cabelo naturalmente escuros e cacheados, medindo aproximadamente uma polegada e meia de comprimento.
Também foi confirmado que o cantor sofria de vitiligo, doença que resulta na perda de pigmentação da pele. Foram encontradas manchas brancas na região do abdômen, peito, braços e rosto.
O corpo de Jackson estava coberto de pequenas cicatrizes no nariz, joelho, ombro, pescoço, pulsos, umbigo e atrás das duas orelhas. Ele também tinha um curativo na ponta do nariz, além de apresentar pulmões inflamados e osteoartrite (doença degenerativa das articulações) em alguns dedos e na espinha dorsal.
O peito do cantor estava machucado e algumas costelas estavam fraturadas, mas os peritos deduziram que os ferimentos eram decorrentes das tentativas de ressuscitá-lo.
O documento também revela que Michael Jackson tinha tatuagens (a chamada maquiagem definitiva) escuras perto das duas sobrancelhas e uma cor-de-rosa próxima aos lábios.
Apesar de seu aparente estado físico, o cantor foi declarado como um homem de 50 anos saudável e com um coração forte. Seu corpo pesava 62 quilos, tinha 1,75 cm de altura e foi descrito como "magro".
A descrição do relatório confirma que ele morreu por intoxicação causada pelo uso excessivo da substância Propofol. Com os detalhes da autópsia, foi possível contradizer o depoimento de Dr. Murray, que se declarou inocente e disse ter aplicado os remédios para combater a insônia de Jackson. O médico consultado pelo Instituto Médico Legal, afirmou que o medicamento não é usado para esta finalidade, mas somente para cirurgias delicadas.
Além do uso de Propofol, foram encontradas outras substâncias no corpo do músico, como sedativos, Lidocaína e um remédio para ressuscitação. No entanto, não foi encontrado nenhum equipamento auxiliar para monitoramento do atendimento ao cantor.
No quarto que o cantor morreu havia um vidro fechado de urina, ao lado de uma caixa com cateter, agulha descartável, pedaços de algodão embebidos em álcool, garrafas vazias de suco de laranja, colar de madeira e um tanque de oxigênio.
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