Associação Paulista de Críticos de Arte escolhe, no total, 50 álbuns nacionais antes de chegar ao veredito do "disco do ano"
Pedro Antunes Publicado em 30/11/2018, às 18h44
Com tanta pedrada musical lançada no segundo semestre de 2018, a APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) deve ter tido trabalho para escolher somente 25 discos brasileiros. Mas, como virou tradição, o juri revela a segunda parte do listão de melhores álbuns lançados em 2018.
No total, a comissão da APCA, formada pelos jornalistas e críticos Alexandre Matias, José Norberto Flesch, Lucas Brêda, Marcelo Costa e Roberta Martinelli, seleciona 50 álbuns e, a partir deles, chegam à conclusão sobre qual é o disco do ano.
No total, selecionados 117 discos. A partir daí, entre debates e votações, os jurados chegaram ao número de 50 álbuns, 25 por semestre.
No ano passado, por exemplo, Boca, de Curumin, foi selecionado como o o melhor de 2017. Em 2016, o vencedor foi MM3, do Metá Metá. A Mulher do Fim do Mundo, de Elza Soares, figurou no topo da lista em 2015.
As outras categorias votadas pela APCA são: artista do ano, melhor show, artista revelação e projeto especial do ano.
Portanto, a seguir você verá (e ouvirá) uma pré-lista com os 25 indicados lançados no segundo semestre do ano. Entre eles, por exemplo, o mágico OK OK OK, de Gilberto Gil, e a porrada de Baco Exu do Blues, o álbum chamado Bluesman.
O sensacional disco do rapper baiano, aliás, foi lançado no dia 23 de novembro e chegou aos 45 do segundo tempo, mas fez estrago. Já movimentou as redes sociais, críticos e figura como um dos cadidatos a líder em outras listas de melhores do ano.
Baco também integra um bom time de rappers que surgena lista, como BK (com Gigantes), Diomedes Chinaski (Comunista Rico), Edgar (Ultrasom), Karol Conká (Ambulante) e Marcelo D2 (Amar É Para Os Fortes).
O refinamento de Rodrigo Campos (9 Sambas) e Quartabê (Lição # Dorival) são opostos que atraem, no outro polo, grandes nomes do pop, como Pabllo Vittar (Não Para Não). Na eleição da APCA, todos os gêneros existem no mesmo espaço.
Se o Brasil tem entendido que a força está no feminino, o movimento artístico reflete isso. Foram grandes discos lançados por grandes mulheres. E foram lembradas na lista. Caso de Ana Cañas (Todxs), Duda Beat (Sinto Muito), Carne Doce (banda liderada por Salma Jô, com Tônus), Josyara (Mansa Fúria), Laura Lavieri (Desastre Solar), Luiza Lian (Azul Moderno), Mahmundi (Para Dias Ruins), Mulamba (banda formada só por mulheres, que lançou o álbum também chamado Mulamba), além das já citadas.
Vamos aos 25 melhores discos brasileiros do segundo semestre de 2018, segundo a APCA:
Ana Cañas - Todxs (Guela Records)
Baco Exu do Blues - Bluesman (EAEO)
Bixiga 70 - Quebra Cabeça (Deck)
BK - Gigantes (Pirâmide Perdida Records)
Cacá Machado - Sibilina (YB Music / Circus)
Carne Doce - Tônus (Independente / Natura Musical)
Diomedes Chinaski - Comunista Rico (Independente)
Duda Beat - Sinto Muito (Independente)
E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante - Fundação (Balaclava Records)
Edgar - Ultrasom (Deck)
Gilberto Gil - OK OK OK (Biscoito Fino)
Josyara - Mansa Fúria (Independente)
Karol Conká - Ambulante (Sony Music)
Laura Lavieri - Desastre Solar (SLAP)
Luiza Lian - Azul Moderno (Selo Risco)
Lupe de Lupe - Vocação (Geração Perdida de Minas Gerais / Balaclava Records)
Mahmundi - Para Dias Ruins (Universal Music)
Marcelo D2 - Amar É Para Os Fortes (Pupila Dilatada)
Mulamba - Mulamba (Máquina Discos)
Pabllo Vittar - Não Para Não (Sony Music)
Phill Veras - Alma (Independente)
Quartabê - Lição#2 Dorival (Selo Risco)
Rodrigo Campos - 9 Sambas (YB Music)
Samuca e a Selva - Tudo Que Move é Sagrado (YB Music)
Teto Preto - Pedra Preta (Mamba Rec)
Abaixo, a lista com os 25 melhores discos do primeiro semestre de 2018, também de acordo com o juri da APCA.
Almir Sater & Renato Teixeira – + AR (Universal Music)
André Abujamra – Omindá (Independente)
Anelis Assumpção – Taurina (Pomm_elo / Scubidu)
Autoramas – Libido (Hearts Bleed Blue)
Ava Rocha – Trança (Circus)
Cólera – Acorde, Acorde, Acorde (EAEO Records)
Cordel do Fogo Encantado – Viagem ao Coração do Sol (Fogo Encantado)
Craca e Dani Nega – O Desmanche (Independente)
Dingo Bells – Todo Mundo Vai Mudar (Dingo Bells / Natura Musical)
Djonga – O Menino Que Queria Ser Deus (CEIA Ent.)
Elza Soares – Deus É Mulher (Deck)
Erasmo Carlos – Amor É Isso (Som Livre)
Gui Amabis – Miopia (Independente)
Iza – Dona de Mim (Warner)
Jonas Sá – Puber (Selo Risco)
Juliano Gauche – Afastamento (EAEO Records)
Kassin – Relax (LAB 344)
Malu Maria – Diamantes na Pista (Independente)
Marcelo Cabral – Motor (YB Music)
Maria Beraldo – Cavala (Selo Risco)
Maurício Pereira – Outono No Sudeste
Rashid – Crise (Foco na Missão)
Romulo Fróes – O Disco das Horas (YB Music)
Silva – Brasileiro (SLAP)
Wado – Precariado (Independente)
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