Festa iniciada na última sexta-feira, 8, movimentou R$ 603 milhões
Pedro Antunes, do Recife Publicado em 14/02/2013, às 15h38 - Atualizado às 16h15
Depois de Alceu Valença deixar o palco, já nas primeiras horas da Quarta-Feira de Cinzas, 13, ele foi sucedido por uma orquestra de frevo liderada por Maestro Spok. E assim o dia raiou no centro antigo de Recife. Um último suspiro do carnaval de 2013 se deu com o Arrastão do Frevo, que levou os bravos e mais fortes a uma volta pelas ruas próximas, enquanto o sol ficava mais e mais forte.
O carnaval de Recife deste ano reuniu 620 mil foliões por dia, de um total de 718 mil visitantes, no centro da cidade, que agrupava oito polos (ou palcos) com shows e apresentações de frevo, de acordo com dados disponibilizados pela prefeitura. Foram ainda montados oito palcos espalhados pela cidade, que reuniram 37.800 pessoas diariamente. “É o maior carnaval da história do Recife”, disse o prefeito Geraldo Júlio, em coletiva de imprensa pós-carnaval.
Foram 66 mil passageiros que chegaram pelo aeroporto de Guararapes, no Recife, entre os dias 7 e 12 de fevereiro, de acordo com a Infraero, evidenciando o caráter local das festividades – embora fosse possível encontrar bastante estrangeiros, que resultaram em 8% do total, e gente de outros lugares do Brasil, 37%, a grande maioria era da região: 19% do interior do estado de Pernambuco e 36% de outros lugares do nordeste.
Tudo isso se justifica ainda pelo fato de 90% das 1.500 atrações musicais que compuseram uma festa rica culturalmente serem pernambucanos. Entre eles, nomes como Lenine e Otto (foto), que arrebataram uma grande massa todas as vezes que subiram ao palco. Só de frevo, eleito pela Unesco Patrimônio Imaterial da Humanidade, foram 100 artistas e bandas especializadas.
O carnaval movimentou um total de R$ 603 milhões. Visitantes que ficaram hospedados em Recife desembolsaram, em média, R$ 485, entre hospedagem, alimentação e folia. Aqueles que apenas visitaram a cidade, sem permanecer nela, gastaram em média R$ 177.
As ruas próximas ao Marco Zero, sempre apinhadas de gente, batuques e botecos, eram constantemente limpas por servidores e garis (1.912 profissionais, no total), que reuniram 425 toneladas de lixo sólido. Ainda que faltasse lixeiras pela cidade, as ruas se mantiveram razoavelmente limpas por ali.
Aos poucos, o Marco Zero e os arredores foram voltando ao normal. Os carros, impedidos de chegar ali nos dias de festa, voltaram a circular. O carnaval chegou ao fim – a boa notícia é que sempre tem o ano que vem.
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