Projeto nasceu do namoro entre Léo Ramos, do Supercombo, e Isa Salles, que recentemente foi eliminada do The Voice Brasil
Víctor Aliaga Publicado em 12/09/2018, às 13h32 - Atualizado às 13h39
A Scatolove é fruto de um desses adoráveis romances de cinema, aqueles que a gente acha que só existem na ficção mas que, por sorte, acontecem fora dos sets também. Léo Ramos, vocalista e líder da Supercombo, conheceu Isa Salles por acaso, em um show da banda.
Eles precisavam de alguém para fazer a voz de Negra Li na faixa “Lentes”, do disco Rogério (2016) nas performances ao vivo. A cantora havia gravado o single “Amor Entre Dois Diferentes” com Supla e foi indicada por um amigo em comum. Assim que se conheceram, a semente do “amor escatológico” foi plantada. Ramos compartilhou seu desejo de criar um projeto paralelo, para “compor aquilo que não cabe no estilo definido da Supercombo”. O que começou como um mero hobby no Instagram do casal, que misturava covers com sons autorais, cresceu rapidamente nas redes sociais e os resultados do primeiro single surpreenderam. “'O Tiro' bateu 1 milhão em um mês e logo pensamos ‘Opa! Não é de brincadeira’. Começamos a levar muito a sério. Foi um pouco planejado segurarmos o lançamento da primeira música. A ideia era crescer nas redes sociais e criar um hype antes de sair o CD. E funcionou”, revela Isa Salles, que recentemente foi eliminada da competição The Voice Brasil. No meio do caminho, Edu Filgueira, ex-baixista do Far From Alaska, entrou para completar a formação. “É muito fácil tocar com eles dois. Flui muito. Uma vez que você coloca de lado o fato de ser a 'terceira roda' e coloca na cabeça que é parte da banda de um casal, é super tranquilo. Não sou a banda, mas sou parte dela”, explica Filgueira, que também tomou para si a parte organizacional do grupo.
Lei de Muffin, trocadilho que brinca com o “azar na vida de Isa”, foi lançado exclusivamente nos serviços de streaming em abril deste ano. A divisão das letras ficou no “meio a meio”, bem como as vozes nas 12 faixas, denotando uma sincronia e encaixe perfeito raro de se ver. A primeira ouvida pode soar como uma mordida em um inofensivo algodão doce, mas se prestarmos atenção, vamos reparar em assuntos mais sérios, como acontece na faixa “Princesa”, que trata de relacionamentos abusivos. “A gente te pega de surpresa. Disfarçado no meio de coisas super bonitinhas tem um assunto sério entrando goela abaixo”, define Ramos.
Os shows do duo que virou trio só começaram em agosto e em grande estilo: no Festival CoMA, em Brasília. No palco, nada de músicos de apoio. Isa na voz e guitarra, Edu no baixo e Léo nos vocais, bateria e teclados, sendo uma atração de coordenação à parte. Com a promessa de mais singles no futuro, a Scatolove vem para adocicar nossos azares cotidianos, como uma escapada durante o expediente em dias mais nublados. Aqueles em que saímos para comer uma torta recém-saída do forno acompanhada de um café coado na hora. Se ainda não provou, vale a tentativa.
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