Titanfall - Divulgação

A batalha por trás de Titanfall, o jogo mais aguardado de 2014

Como Vince Zampella, o criador do game, transformou a raiva dele em violência virtual

Logan Hill | Tradução: Ligia Fonseca Publicado em 11/03/2014, às 13h06 - Atualizado às 13h13

Com Titanfall, o game de próxima geração mais esperado do ano, chegando às lojas nesta terça, 11, poderemos finalmente usar trajes mecânicos de 6 metros de altura e detonar inimigos com foguetes, fazer parkour em becos, atravessar uma janela no terceiro andar e quebrar o pescoço do inimigo. Só que esse combate não é nada em comparação à guerra de bastidores que levou ao nascimento do jogo.

Lista: os games preferidos da Rolling Stone Brasil em 2013.

“Praticamente superei aquilo”, diz Vince Zampella, o convencido e competitivo criador do game. “Bom, quero pensar que praticamente superei.” Em 2010, depois de lançar o sucesso bilionário Call of Duty: Modern Warfare 2, o CEO da Activision, Bobby Kotick, chocou a indústria dos games ao demitir Zampella e Jason West, os criadores da franquia, pouco antes do pagamento de US$ 36 milhões em bônus e royalties. Zampella e West se uniram à arquirrival da Activision, Electronic Arts, e abriram uma nova empresa, Respawn Entertainment, levando 38 funcionários da Activision. Processos na Justiça e acusações voaram como granadas de fragmentação. “Foi feio”, conta Zampella. “A sensação de ser pessoalmente atacado é ruim quando você vê onde a verdadeira ganância está.”

Zampella, que não se formou na faculdade e subiu na vida desde suas raízes como jogador em uma loja de computadores na Flórida, é um perfeccionista de 44 anos que se supera no combate hiper-realista, e tem negócios inacabados. Apesar de ter acabado de conquistar um acordo multimilionário, ele diz: “Não sinto que fiz com que minha justiça, minha história, tenham sido divulgadas”.

O que Zampella está divulgando agora é Titanfall, que é a principal aposta da Microsoft para persuadir jogadores a comprar o Xbox One em vez do PlayStation 4, da Sony. Ele já ganhou vários prêmios e dominou as listas de sucesso pré-vendas. “Não sei se é vingança”, afirma Zampella, “mas sinto que não precisamos mais provar – não para a Activision ou para o Bobby Kotick – mas para o mundo, que a Respawn está aqui para fazer games. Somos sérios. E somos bons nisto.”

O texto acima foi publicado na edição 90 da Rolling Stone Brasil, março de 2014.

game jogo Electronic Arts videogame activision vince zampella Titanfall

Leia também

Alfa Anderson, vocalista principal do Chic, morre aos 78 anos


Blake Lively se pronuncia sobre acusação de assédio contra Justin Baldoni


Luigi Mangione enfrenta acusações federais de assassinato e perseguição


Prince e The Clash receberão o Grammy pelo conjunto da obra na edição de 2025


Música de Robbie Williams é desqualificada do Oscar por supostas semelhanças com outras canções


Detonautas divulga agenda de shows de 2025; veja