Os australianos do Miami Horror se apresentam no Brasil nesta semana - Divulgação

Benjamin Plant, do Miami Horror, fala sobre shows no Brasil

"Será uma interpretação do álbum, só que de forma mais louca", afirma o vocalista da banda australiana, que faz três apresentações no país

Por Patrícia Colombo Publicado em 04/04/2011, às 19h59

Integrando a colossal lista de atrações internacionais que se apresentam no Brasil nas próximas semanas, está o Miami Horror, quarteto australiano que mistura psicodelia, disco music e synthpop. Capitaneada pelo produtor Benjamin Plant, a banda vem ao país para três apresentações, trazendo a turnê do álbum Illumination, lançado em 2010.

"Acredito que estamos mais empolgados para tocar no Brasil do que em qualquer outro lugar, já que é um dos locais mais exóticos que existem", afirma Plant, em entrevista por telefone ao site da Rolling Stone Brasil. A banda é composta por ele, Josh Moriarty (guitarra), Aaron Shanahan (bateria) e Daniel Whitechurch (teclados). Sobre as apresentações, uma dica do que está por vir: "Será uma interpretação do álbum, só que de forma mais louca", afirmou o frontman.

Plant é conhecido por sua obsessão por sintetizadores, mas o vocalista assume que a própria banda sofre em caracterizar seu som devido à pluralidade de influências. "É meio que disco, com psicodelia e pop nostálgico. Há algo também de anos 80. É difícil definir ao certo o que é", ele diz. "Neste álbum, tivemos coisas de Pink Floyd, Supertramp, um pouco de Michael Jackson e disco, e há referências ao [duo francês] Air também." Illumination levou quase quatro anos para ficar pronto (Plant realizou outros projetos simultaneamente), tendo sido gravado no estúdio do cantor, em Melbourne. "Acho que a ideia era que as músicas fossem animadas, mas também com um lado misterioso, mais obscuro e psicodélico", caracteriza.

O Miami Horror é considerado "alternativo", mas seu álbum de estreia saiu pela gigante EMI - o que contraria o atual momento na música, já que um crescente número de artistas têm lançado seus discos de forma independente, sem a ajuda de grandes gravadoras. Quando questionado se não temeu possíveis imposições da major com relação ao que entraria ou não no álbum, Benjamin Plant confessa que, de fato, a ideia passou por sua cabeça. "Eu fiquei com medo no começo, mas em certo ponto recebemos a permissão deles para fazermos o que quiséssemos", conta. "O bom de fazer parte de uma grande gravadora é que facilita a divulgação e contribui para que você alcance um número maior de pessoas com sua música. Economiza-se bastante tempo. Acho que valeu para nós."

Com Illumination saído do forno há poucos meses, o grupo não pensa em lançar um novo álbum em um futuro próximo. Plant afirma que prefere seguir com a turnê do atual disco (o currículo do Miami Horror também inclui um EP, Bravado, que chegou às prateleiras em 2008), para só depois pensar novamente em entrar em estúdio. "Queremos ver qual novo caminho tomaremos", conclui.

A apresentação em Porto Alegre nesta terça, 5, será realizada no Beco 203 (veja aqui); em São Paulo, o show no evento fechado Mixtape Multishow acontece na versão paulistana da mesma casa noturna. No Rio de Janeiro, a banda sobe ao palco no dia 7, no Circo Voador (veja aqui).

Illumination miami-horror

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