Banda se apresentou no Rolling Stone Festival, que aconteceu no último sábado, 3, no Memorial da América Latina, em São Paulo
Lucas Brêda Publicado em 07/12/2016, às 20h24 - Atualizado às 20h36
Dois mil e dezesseis foi um ano movimentado para o Titãs. A banda viu a saída de um dos seus mais importantes integrantes, Paulo Miklos, substituído por Beto Lee em julho. “Ganhamos uma guitarra muito vigorosa”, comenta Tony Bellotto, guitarrista e um dos remanescentes no grupo. “Claro, perdemos um Paulo Miklos, mas o fato de ele ter saído mostra que ele não estava dentro. Então, muito melhor agora que todo mundo aqui está feliz.”
O quinteto conversou com a Rolling Stone Brasil poucos minutos antes de subir ao palco do Rolling Stone Festival, que aconteceu no último sábado, 3, no Memorial da América Latina, em São Paulo. “Fui muito bem acolhido”, sugere Beto Lee, que se encarrega de parte das guitarras na banda. “Senti-me super em casa e é uma honra tocar o repertório desses caras que eu cresci ouvindo. Cresci nos anos 1980, isso para mim é o topo da lista.”
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Branco Mello, atualmente no baixo, comentou que o Titãs já está trabalhando em músicas novas com Lee. “Ficamos muito felizes com a recepção de Nheengatu”, disse Bellotto, citando o mais recente trabalho da banda, de 2014. “E pensamos: ‘O que vamos fazer agora?’ Não faz sentido repetir o Nheengatu, então partimos para uma ideia que eu acho bastante ousada e legal: fazer uma ópera rock. Nenhuma banda brasileira fez uma ópera rock.”
Segundo o guitarrista, o Titãs está atualmente desenvolvendo a narrativa do trabalho – que deve seguir os moldes clássicos de Quadrophenia, do The Who, e os mais modernos de American Idiot, do Green Day – para entrar em estúdio até o meio do ano que vem. A banda já está contando com a ajuda dos escritores Hugo Possolo e Marcelo Rubens Paiva na criação da dramaturgia do trabalho, ainda que eles não participem ativamente da composição das letras.
“Estamos fazendo várias reuniões e tendo encontros para a criação do argumento da história”, acrescenta Mello. “O Marcelo e Hugo têm muita experiência na dramaturgia, na literatura, e nós vamos fazer as canções”. De acordo com Bellotto, a “ópera rock” do Titãs pode, em “outro momento”, ser, inclusive, “encenada” ou derivar outros projetos. “Pretendemos gravar no meio do ano [que vem] para lançar no segundo semestre”, encerrou o guitarrista.
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