Beyoncé exibe os prestigiados gramofones de ouro - AP

Beyoncé e os Illuminati: o que está por trás da lenda de que a deusa do pop comanda a sociedade secreta

Os amantes de teorias da conspiração apontam que a cantora e Jay-Z são os atuais líderes da comunidade centenária

Joyce Chen Publicado em 10/10/2017, às 16h48 - Atualizado às 22h45

Beyoncé simboliza muitas coisas. É, ao mesmo tempo, musa, ícone, pioneira e Sasha Fierce, depende apenas de quem a observa. São todos substantivos positivos, mas há uma definição que talvez não a deixe muito feliz: a de Illuminati. Há anos, o nome da deusa do pop e do marido dela, Jay-Z, são centro de rumores que os colocam como líderes da centenária organização secreta.

Mas como a cantora de Lemonade passou a ser associada aos Illuminati? E quem ou o que são os Illuminati? E, talvez a mais importante de todas as questões: é preciso realmente se preocupar com o fato de ela ser um membro dessa realeza? Essas são boas perguntas, que não têm respostas tão fáceis.

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A ligação de Queen B com os Illuminati foi iniciada pelo relacionamento dela com Jay-Z, que é associado à poderosa sociedade desde o fim dos anos 1990. Por ter alcançado o sucesso com uma série de discos de platina – Reasonable Doubt (1996), In My Lifetime, Vol. 1 (1997), Vol. 2… Hard Knock Life (1998) e Vol. 3… Life and Times of S. Carter (1999) –, teóricos da conspiração começaram a questionar a natureza dos poderes musicais do artista. Na visão deles, Jay-Z é, na verdade, um membro dos Illuminati, grupo formado exclusivamente pela elite política e intelectual que domina o mundo.

Adicione tamanha fama ao fato do logo da Roc Nation, gravadora de Jay-Z, ter um formato triangular – visto como um aceno ao triângulo Illuminati – e as razões para os teóricos enxergarem vestígios dessa associação ao casal começam a ficar claras.

A incrível apresentação de Beyoncé no Super Bowl em 2013 também deu aos amantes dessas teorias motivos para falar. Ela fez o logo da Roc Nation com as mãos, e o ato foi apontado como evidência da fidelidade dela aos Illuminati.

Os clipes de Beyoncé, sempre carregados de simbolismo, também são observados como pistas da vida dupla que a cantora levaria. O vídeo de “Single Ladies”, indicado ao Grammy em 2008, atraiu a atenção dos defensores da teoria, que alegam que mensagens podem ser ouvidas quando a música é tocada de trás para frente.

As mais distantes teorias da internet ligam até mesmo a fama de Beyoncé à morte da cantora de R&B Aaliyah, ocorrida em 2001. De acordo com a narrativa, ela deveria ser a verdadeira rainha da indústria musical, mas teria sido assassinada por ter tentado se livrar do controle dos Illuminati (a cantora morreu em um acidente de avião sem sobreviventes). A partir de então, Beyoncé a teria substituído.

Mas Beyoncé e Jay-Z não são os únicos artistas suspeitos de serem membros da comunidade Illuminati. Whitney Houston, Justin Bieber, Bono, Eminem, Nicki Minaj, Lil Wayne e Dr. Dre também estão entre os citados como escolhidos para comandar a Nova Ordem Mundial.

Como, até agora, nenhuma das teorias foi confirmada, Beyoncé foi forçada a responder aos rumores da melhor maneira que sabe: com uma música. “Formation”, hit de 2016 dela, começa com um verso que rebate as associações (“Y'all haters corny with that Illuminati mess”). Só que logo a batida toma conta da faixa e os fãs se esquecem rapidamente da referência Illuminati, ao ouvirem-na rimar sobre problemas muito mais importantes. Uma distração conveniente e proposital, talvez?

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